quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O que é Digital Rights Management?



O DRM (Digital Rights Management) é um tema controverso. Se, por um lado, muitas empresas não comentam o assunto, por outro, cresce a cada dia o número de artigos na Internet que criticam o DRM. Apesar disso, o consumidor final sabe muito pouco sobre este tema que já rege há algum tempo – e cada vez mais – as formas atuais de entretenimento.
A gestão de direitos digitais (DRM, na sigla, em inglês) foi criada quando começaram a surgir as formas digitais de entretenimento. Devido à facilidade de disseminação de conteúdos pelas vias digitais, as empresas ficavam sem saber exatamente como gerir os direitos autorais. Em meio a isso, surge o DRM. Há, na verdade, várias maneiras de gerir os direitos na era digital e todas elas fazem parte do DRM.
E é exatamente devido às inúmeras formas de gestão que o DRM é capaz de variar de acordo com a maneira de entretenimento em questão. E mesmo dentro de cada uma há inúmeras possibilidades diferentes de DRM. Na música, a mais tradicional é a usada pelo iTunes, da Apple, que permite um número limite de cópias para cada música, impedindo que este limite seja ultrapassado.
Esse método foi o mesmo usado pela Electronic Arts no jogo Spore, que permitiu que apenas cinco computadores fossem registrados para rodar o jogo. Para que Spore fosse instalado em um sexto computador, era necessário desinstala-lo em algum dos anteriores. Essa estratégia não foi muito bem vista, o que tornou o gerenciador de criaturas da EA o jogo para PC mais pirateado do ano, segundo estimativa do site TorrentFreak.
Uma outra estratégia de DRM, esta usada no aluguel e compra de filmes pela Internet, é estabelecer um prazo para que o arquivo seja utilizado. Após esse prazo, o arquivo é simplesmente apagado. Esse é o método utilizado, por exemplo, pelo Xbox Live Market Place. Nos filmes em DVD, uma forma comum de DRM é através da codificação por regiões, ou seja, um filme de Região 4 (América Latina) não funciona num DVD player de Região 1 (Estados Unidos).
No Wii, o DRM age através do Wii Shop Channel. Tanto o canal de jogos originais (WiiWare), como o Virtual Console, que vende jogos antigos, permitem que o game seja executado apenas em um Wii, sem poder ser trocado. A Nintendo recomenda, inclusive, que o console seja formatado antes de ser vendido.
E é, assim, de maneira “sorrateira”, mas sempre presente, que o DRM vai influindo na diversão.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"Abertura 1812" ,de Tchaikovsky, via celulares

A Companhia telefônica Vodafone, da Nova Zelândia, resolveu inovar, criou um anúncio no qual mil celulares tocam em conjunto a "Abertura 1812",de Tchaikovsky. O video, nomeado por eles de "Vodafone Symphony", precisou de 53 ringtones diferentes e do envio de mais de duas mil mensagens de texto, para que os celulares fossem ativados e funcionasse.

Veja o video aqui.

Criativo,né?

Silicone se rompe durante prova de reality show

Uma participante de um reality show da MTV, conhecido como "The Real World", rompeu sua prótese de silicone quando precisou saltar em um lago durante a realização de uma prova. A princípio, os colegas não levaram a moça muito a sério, mas quando Shauvon continuou a reclamar de dores as reações mudaram. Depois de ser levada para o hospital, os exames mostraram que ela teve lesões nas próteses mamárias. A mulher de 24 anos decidiu sair do programa após recomendação dos médicos. Veja o vídeo.

O Orkut vai mudar!

O Google está reformulando o orkut e em breve ele terá uma nova interface, mais próxima do formato que hoje tem o Facebook Seria essa uma tentativa de não perder mais usuários para outras redes sociais?Recriar o alvoroço a respeito do orkut?

Ainda não se sabe muito sobre quando o novo formato será implementado, nem se estará a disposição de todos os usuários já cadastrados. Mas a mudança está prevista para ocorrer nas próximas semanas.

Nos resta aguardar para saber se o resultado será melhor.Veja a possível nova interface do orkut e saiba mais aqui.

A fotografia como tema na JIC

Alessandra Guimarães Coutinho, Michel Mosso Schettert e Nathália Ronfini de Almeida Lima são os autores de “Fotografia e leitura crítica: o poder transformador da imagem”. Os três apresentaram esta pesquisa na Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural realizada na UFRJ.
Como pode ser lido no resumo escrito pelos autores, a proposta da pesquisa era “tratar a fotografia como um processo comunicativo que pode servir de referência para despertar a leitura crítica sobre as construções da realidade que, neste caso, será analisada através de exemplos empíricos de comunicação comunitária.”.
Um destes exemplos empíricos seria apresentar o trabalho comunitário realizado por André François, fotógrafo paulista, na cidade de São Thomé das Letras-SP, onde ele desenvolveu um projeto de fotografia de caráter educacional e cultural. Mas François estava viajando na época em que a pesquisa foi feita. Então, os autores entrevistaram Dante Gastaldoni, professor de fotojornalismo da UFRJ, que falou sobre a Escola de Fotógrafos Populares da Maré, projeto organizado pelo Observatório de Favelas, onde leciona também.
Para conseguirem outro exemplo empírico, os autores da pesquisa entrevistaram Ratão Diniz, que se formou na segunda turma da Escola de Fotógrafos Populares da Maré, e, hoje, vive do seu trabalho fotográfico.
Estudos bibliográficos, entrevistas, estudos de casos e pesquisas na internet compuseram a metodologia aplicada nessa pesquisa. Para ajudar a cumprir o objetivo do trabalho (demonstrar como a fotografia assume o papel descrito na proposta da pesquisa), os autores também compararam as trajetórias profissionais dos dois fotógrafos já citados.

Internautas chegam à casa do bilhão

Segundo Nicholas Negroponte, estimava-se que 30 milhões de pessoas estavam conectadas à Internet em 1995. Catorze anos depois, a comScore, uma companhia de pesquisa de mídia digital, divulgou que 1.007.730.000 de indivíduos estavam conectados à Internet em dezembro de 2008. Desses mais de 1 bilhão de pessoas, 179,7 milhões são da China, país com mais internautas. Já o Brasil tem 2,7% da população virtual do planeta: 27,6 milhões de pessoas.

Em 2004, o IBGE divulgou que o número de brasileiros que dispunham de computador em casa era 6,8 milhões. Destes, 1,7 milhão ganhavam entre 10 e 20 salários mínimos. Outros dados: 47,6 milhões de brasileiros não tinham computadores em casa; 90 em cada 100 residências no país tinham aparelho de TV; e 62 em cada 100 casas tinham aparelho de telefone (fixo ou móvel).

Um último dado: em 2005, uma pesquisa da Source Kaiser Foundation revelou que 20% dos americanos que tinham entre oito e dezoito anos possuíam um computador em seu próprio quarto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Boom asiático na internet

Com crescimento da Ásia, número de usuários da rede irá dobrar para mais de 2 bilhões em 2013

Em dezembro de 2008, a internet alcançou a expressiva marca de 1 bilhão de usuários online em todo planeta. Mas, até 2013, segundo a Forrester Research, as expectativas são de que esse número dobre e que pelo menos 2,2 bilhões da população mundial esteja conectada à rede virtual. De acordo com dados fornecidos pela empresa de pesquisas, quem mais tem a colaborar para esse crescimento na internet é o mercado asiático, que em quatro anos passará a representar 43% dos internautas.

Para se ter uma ideia, apenas a China será responsável por 17% desse grupo de pessoas online, algo em torno dos 340 milhões de conectados. No total, haverá um aumento de 41% dos usuários no continente asiático e na região do Pacífico, que em 2008 possuiam 560,2 milhões de internautas e em 2013 terão cerca de 937,7 milhões. Outro fator importante, que ressalta a força da Ásia na interação digital, é o percentual que afirma que, proporcionalmente, a Coréia do Sul é o país com mais casas conectadas à internet: 85% dos lares possuem acesso direto à rede.

A explicação para isso é o fato de que mercados aonde já havia uma disseminação maior da internet, como os EUA e a Europa Ocidental, estão saturados. Enquanto na América do Norte o crescimento da população da internet será menor que 3%, o percentual de internautas europeus irá ter uma diminuição de 26% para 22%, por exemplo. Em contrapartida, espera-se ainda que haja um crescimento de conexões à internet, entre 11% e 13%, em países africanos e do Oriente Médio, que atualmente representam apenas 4,8% da população mundial online.

Com incentivos à popularização digital, números brasileiros também impressionam

No Brasil, o crescimento das lan houses e as facilidades oferecidas na compra dos computadores vêm ajudando para a popularização da internet. Os estabelecimentos que oferecem acesso à rede baratearam seu serviço, ao mesmo passo em que o aumento do número de parcelas também contribuiu para que famílias das classes sócio-econômicas C e D comprassem seu primeiro computador. Integrantes da classe B aproveitaram também e adquiriram notebooks, ou até mesmo um segundo computador para a residência.

As informações são da Consultoria IDC que, mesmo com a retração econômica por causa da crise internacional, espera vender em 2010 mais de 12 milhões de computadores no Brasil. Com 21 PCs sendo comprados por minuto pelos consumidores nacionais, a projeção é que o país ultrapasse o Reino Unido e empate com o Japão como maior vendedor mundial de computadores, ficando atrás apenas dos gigantes EUA e China.

Em média, o número de brasileiros na rede virtual cresce 20% ao ano, consequência do maior interesse em sites de relacionamentos, procura por informações, checagem de emails e compras online. Em 2006, mais de 52% dos municípios do Brasil já desenvolviam alguma política de inclusão digital e mais de 40% ofereciam máquinas de uso público, o que explica o aumento da média mensal de navegação do brasileiro na internet, nos últimos dois anos. São aproximadamente 22 horas de uso por cada internauta, marca bem maior que os números dos norte-americanos e japoneses, que ficam conectados à internet, respectivamente, cerca de 19 horas e 18 horas e meia.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Irmã de Fidel trabalhou na CIA

“Eu trabalhei para a CIA em Cuba”. Essa revelação foi feita pela irmã de Fidel e Raúl Castro, Juanita Castro, 76 anos, para a TV de língua espanhola Univisión-Notícias 23, no domingo (25/10). Prestes a lançar o livro "Fidel e Raúl, Meus Irmãos, a História Secreta", escrito em conjunto com a jornalista mexicana Maria Antonieta Collins, decidiu contar sobre o seu envolvimento com a agência de inteligência norte-americana após se desiludir com a conduta dos irmãos.

Juanita Castro apoiou a Revolução de 59, que derrubou Fulgêncio Batista e levou Fidel ao poder. Contudo, diante do modo como seu irmão estava executando opositores e levando a ilha em direção ao comunismo, perdeu as esperanças. "Eu comecei a ficar desencantada quando vi tanta injustiça".

Nesse cenário, um amigo próximo a ela e a Fidel Castro procurou-a com a informação de que a CIA desejava tê-la como colaboradora. Juanita aceitou a proposta e passou três anos, de 1961 a 1964, ajudando pessoas a fugirem da repressão.

Em 1964, a irmã Castro partiu em exílio para o México, com um visto conseguido por Raúl, de onde seguiu para Miami. Lá, foi dona de uma farmácia até se aposentar em 2006. Não fala com os irmãos há mas ou menos quarenta anos.

O site do jornal cubano Granma não noticiou a revelação.

domingo, 25 de outubro de 2009

Brasil: quinto em internet no mundo

De acordo com o Ibope Nielsen Online, o Brasil alcançou 37,2 milhões de internautas em agosto desse ano, um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Dessa forma, o país atingiu o quinto lugar no ranking mundial de acessos à internet. Os primeiros lugares são a China (285 milhões), os Estados Unidos (234,4 milhões), o Japão (89 milhões) e a Índia (86,2 milhões).

Um estudo feito pela Consultoria Everis em parceria com a Escola de Negócios da Universidade de Navarra concluiu que, em cada dez dos cerca de 1,6 bilhão de internautas existentes no mundo, um vive na Américas Latina e metade destes, no Brasil.

Em termos de banda larga, o estudo mostrou que, no ano passado, 62% dos acessos à internet no mundo foram feitos por meio dela. A América Latina apresentou a maior porcentagem média, de 79,2%. O primeiro lugar ficou com a Colômbia (88,8%), seguido de Venezuela (85,4%), Brasil (84,9%), Uruguai (80,1%), México (80%) e Argentina (72,4%).

Entre os países avaliados, 19 têm mais de 90% das conexões de banda larga. A Coréia tem 100%, Suíça, França, Estados Unidos e Portugal têm 99% ou mais e Espanha, 96,8%. O Chile, único país latino-americano nessa categoria, aparece com 97,5%.

Óperas conquistam telonas de cinema

Para os que sempre imaginaram como tediosas as óperas no Theatro Municipal, o gênero vem ganhando uma nova cara e cada vez mais espaço no cinema. Mais do que espetáculos filmados, a produções tornam-se obras cinematográficas de destaque, sob as mãos de renomados diretores. O público se impressiona especialmente com a fotografia, cenários, iluminação, tudo isso projetado em HD. É a multimídia criando uma nova forma de vermos os clássicos, podendo usar allstar, comendo pipoca e abraçando o namorado.

Aqui no Brasil, a moda começou a pegar em fevereiro, quando a Moviemobz começou a transmitir montagens do Metropolitan Opera House de Nova York. Só no primeiro semestre deste ano, foram 264 sessões, de seis óperas, em dezenove cidades, levando mais de 22 mil espectadores às salas de cinema.

Outro projeto imperdível é o “Ópera na tela”, que termina na próxima quinta-feira (dia 29/10) no Rio de Janeiro e Manaus, seguindo em novembro para Belém e São Paulo. A programação carioca conta com seleção de grandes produções exibidas em telão ao ar livre no Centro Cultural dos Correios – com confortáveis espreguiçadeiras e estrutura de toldo em caso de chuva – e no Instituto Moreira Salles, além de documentários, balés e debates com especialistas internacionais de música e cinema. É a oportunidade perfeita para os curiosos e os cinéfilos de plantão descobrirem o gênero. Boa notícia também para os estudantes sem dinheiro: a meia-entrada custa entre R$ 2 e R$ 5, contando ainda com várias exibições gratuitas. Confira a programação completa em: www.operanatela.com


Cena da ópera "Capriccio", exibida quarta (28/10) no centro do Rio

Nem toda cantora lírica é italiana e gordinha. Assista uma cena da ópera "Madame Butterfly", composta por um italiano, com enredo no Japão e direção do francês françois Mitterrand.

sábado, 24 de outubro de 2009

Piano na escada - LEIA PRIMEIRO

A ação, feita em conjunto pela agência de publicidade DDB e pela Volkswagen, foi implantada em um metrô de Estocolmo, na Suécia.
Imagine que você está descendo as escadas do metrô, como faz habitualmente todos os dias, e começa a ouvir sons de piano, tocados em ritmo que vai de acordo com os seu passos. Essa foi a proposta da agência de publicidade DDB em uma parceria com a Volkswagen.

As duas empresas se reuniram para criarem um experimento chamado, Fun Theory (algo como "teoria divertida", em inglês), uma tentativa bem ambiciosa de tentar mudar os hábitos sedentários dos moradores da capital da Suécia, Estocolmo.

Para isso, transformaram as escadas de uma estação de metrô em um piano, o que aumentou surpreendentemente o uso das escadas em 66%. O resultado você confere no vídeo.



postagem da Cristina

http://www.youtube. com/watch? v=TgnS1kmX5uk

_Não se assutem, não tem mesmo som.

Cultura Digital e Midialivrismo nas Propostas da I Conferência Livre de Comunicação para a Cultura -Recife‏

Propostas tiradas da I Conferência Livre de Comunicação para a Cultura que aconteceu no Recife de 24 a 27 de setembro de 2009 com muitas ações em Cultura Digital e Midialivrismo

Participaram cerca de300 Pontos de Cultura, Pontões de Cultura Digital, e os novos Pontos deMídia Livre, além de formuladores de políticas públicas e convidados do campo da Comunicação e da Cultura de todo opaís em 4 dias de debates.

São dois documentos: um para a Conferência de Comunicação em 2009 e um para a Conferência da Cultura
em 2010.

Dêem uma lida! Muitos itens, propostas, ações, rendem um bom debate entre nós


abraços, Ivana Bentes
(www.http://www.trezento s.blog.br/ ?p=3151)

Propostas para a Conferência de Comunicação

Eixo 1 – Produção de Conteúdo

1) Fomento à criação e disponibilizaçã o de redes e bases de dadosgeridas colaborativamente para as redes de comunicação e cultura;
2) Criação de espaços públicos de comunicação em comunidades epovos tradicionais com rádios, TVs, telecentros e gráficas livres, quepossibilitem e reforcem o registro e divulgação da cultura local e bensculturais materiais e imateriais produzidos nesses espaços. Estesespaços devem ainda atuar como pontos de difusão de conectividadeutilizando redes sem fio, provendo também serviços de TV, rádio etelefonia além do conteúdo cultural produzido localmente;
3) Criação de marco regulatório para legalização e estímulo dasredes de troca e compartilhamento de conteúdo livre, cultural,educacional, comunicacional e informacional;
4) Criar um sistema público de distribuição física de conteúdosproduzidos pelas redes de comunicação e cultura. e garantir que aprodução cultural financiada com dinheiro público seja exibida edistribuída de forma livre, licenciada através de licenças flexíveis edisponibilizada em acervos livres.
5) Criar um repositório comum de metodologias que partem doreconhecimento das identidades culturais regionais, que contemplemsoluções tecnológicas flexíveis de letramento digital, produção edivulgação de conteúdo, reforçando a importância da autonomia eliberdade nos processos de aprendizagem;
6) Incentivar a produção colaborativa de conteúdos em plataformascomo internet, televisão, mídias móveis etc. entre Pontos de Cultura,Pontos de Mídias Livres e produtoras culturais;
Votar junto:
7) Alocação de recursos de publicidade institucional do GovernoFederal, Estados e Municípios em mídias vinculadas aos Pontos deCultura, comunitários, livres, independentes, educativos,universitários, valorizando produtos e serviços populares;
8) Manutenção e ampliação do financiamento público para acomunicação livre objetivando a estruturação sustentável dos coletivosbeneficiados;
9) Projeto de Lei determinando que recursos públicos na áreafederal, na estadual e na municipal, previstos para publicidade nosPlanos Plurianuais (PPAs), sejam destinados para aplicação nas TVsPúblicas, Comunitárias e Universitárias;
10) Projeto de Lei para garantir no sistema digital a criação deemissoras de Rádios e TVs Comunitárias em sinal aberto, criando fundosespecíficos para estes meios e permitindo que captem recursos compublicidade para garantir sua auto-sustentabilida de;
11)Criação e manutenção de equipamentos públicos para produção,armazenamento, documentação e distribuição de conteúdos audiovisuais,sonoros e impressos, que atendam prioritariamente povos tradicionais ecomunidades com dificuldade de acesso a estes recursos, geridos pormeio de conselhos paritários que envolvam Poder Público e sociedadecivil;
12) Garantir que todo conteúdo oferecido por serviço de radiodifusãodigital de som e de som e imagem seja livre de qualquer dispositivotécnico, sinal codificado ou outra medida de proteção tecnológica quepossa impedir ou restringir o seu acesso e uso legítimo.

Eixo 2 – Meios de Distribuição

1. Franquear os pontos de presença da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) para o uso das redes de comunicação e cultura;

2. Utilizar recursos do FUST para investir na soberania da rede,ampliando o alcance da RNP e de outras redes alternativas de acesso aInternet via energia elétrica e rede de satélites, envolvendo em umaação transversal o MinC, o MiniCom, o MEC e as universidades paracapacitar o substrato social na manutenção e administração destainfraestrutura, incluindo organizações sociais como reais beneficiáriasde conexão pública de banda larga na ponta, transformando essasinstituições em provedores de acesso que administram seus própriosservidores e provêm conteúdo licenciado livremente.

3. Utilização das redes de internet públicas federais, municipais eestaduais como base de infra-estrutura para disponibilizaçã o deservidores de internet públicos, com conselhos de gestão paritáriosentre Poder Público e sociedade civil, de modo que tal infra-estruturaseja gerida colaborativamente visando a construção de redes decomunicação e cultura;

4. A fim de garantir a universalizaçã o do acesso dos cidadãos àbanda larga, criação e manutenção de uma rede de infra-estruturapública de internet em banda larga, mediante construção de uma redeestatal composta por tecnologia satelital, fibra ótica e microondasgarantindo os benefícios da confluência tecnológica aos cidadãos pormeio do fortalecimento da Telebrás e utilização de recursos do Fundo deUniversalizaçã o dos Serviços de Telecomunicaçõ es (Fust), com aalteração da lei.

5. Construção de plataformas públicas que possibilitem a difusão e maior visibilidade de conteúdo para as mídias livres;

6. Proposta de projeto de lei para garantia de direitos civis nainternet, para a criação de marco regulatório civil para a internet,com base na Carta de Princípios para a Internet formulada pelo ComitêGestor da Internet no Brasil (CGI.br).

7. Atualizar e consolidar o marco regulatório da área dascomunicações dando condições de exercício a uma regulação democrática eequânime da atividade dos diversos serviços existentes e dos que possamexistir.

8. Controle social na renovação e liberação das concessões deradiodifusão, a fim de definir critérios que contemplem os diversossegmentos socioeconômicos e culturais;

9. Criar mecanismos de apoio à implementação dos Canais criadospelo Decreto 5.820/2006 (TV Digital), inclusive com aporte de recursosfinanceiros, garantindo a participação da sociedade civil naprogramação e na gestão dos canais, mediante a ocupação dos canais daCidadania, Educativo, Cultural e Universitário.

10. Facilitar o acesso aos canais públicos pelo Ministério daCultura e demais órgãos Públicos de Cultura, TVs Comunitárias e TVsUniversitárias, TVs Legislativas e TVs Educativas Culturais, tendo emvista a constituição de acervo e a difusão da produção de conteúdosaudiovisuais em todos os canais do campo público de televisão, quecontam com apoio ou fomento do Ministério da Cultura, bem como aprodução audiovisual oriunda de iniciativas populares;

11. Garantir, no mínimo, três canais e/ou bandas e/ou frequênciasdiferentes para as Rádios Comunitárias, inclusive no processo dedigitalização do sistema de radiodifusão;

12. Garantir, nas três esferas de governo, a aquisição de produtosimpressos e digitais de mídia livre para equipamentos de educação ecultura, que sejam produção de conhecimento livre.

13. Recomendar que o operador de rede a ser contratado pela Uniãocarregue as transmissões de todas as rádios e TVs do campo público,oferecendo ao povo brasileiro toda a diversidade cultural em produçãono País por meio de centros de comunicação comunitária de acessopúblico;

14. Criar no sistema público de comunicação uma central dereprodução e distribuição da produção dos pontos de cultura,comunitários, livres, independentes, educativos e universitários;

15. Criação de uma plataforma virtual de cadastro de mídiasalternativas do país vinculada ao site do Ministério das Comunicações,legitimando estes meios de comunicação;

16. Implementação de política de cotas que garanta a distribuiçãode conteúdo nacional independente e regional na televisão, com oestabelecimento de instância de regulação e de fiscalização para osetor de audiovisual


Eixo 3 Cidadania: Direitos e Deveres

1) Criar a comissão que gere o FUST (Fundo de Universalizaçã odos Serviços em Telecomunicaçõ es), com participação de membros dasociedade civil e do poder público;
2) Garantir a participação da sociedade civil, através de seusfóruns, na discussão da lei de comunicação, assegurando adescentralizaçã o, a universalizaçã o, a democratização dos meios decomunicação;
3) Desenvolver um padrão na metodologia do registro, divulgação earquivamento dos projetos e leis que assegurem o acesso à produção edifusão de trabalhos artísticos e culturais, levando em conta apossibilidade do ambiente virtual com compartilhamento dos conteúdos;
4) Popularizar o conhecimento do decreto 5.820, que destina nomodelo digital os canais de educação, cultura e cidadania para uso daUnião; da Lei 8.977, mais conhecida como Lei do Cabo (1995), quegarante 220 canais universitários e 220 comunitários; respeitar oartigo 221 da Constituição Federal, que estabelece a regionalização daprodução jornalística, artística, cultural e educativa;
5) Assegurar a exibição de, no mínimo, 50% de produçãoindependente regional pelas concessionárias de canais de TVs, abertas epor assinatura;
6) Fomentar a produção de jogos educativos e que contemplem a diversidade sociocultural;
7) Estabelecimento de formas de controle público-social para osistema de concessões de rádio e TV, por meio da instituição efetiva doConselho de Comunicação Social, sendo alterado seu caráter consultivopara deliberativo, com participação do Poder Público e a sociedadecivil organizada.
8) Alteração dos procedimentos da escolha dos membros do ConselhoCurador da TV Brasil, garantindo ampla e diversa representação daSociedade Civil, através dos seus legítimos Fóruns;
9) O estado brasileiro deve implementar uma política de reparaçãopara as pessoas e entidades que foram criminalizadas por atuar emrádios comunitárias e abolir a criminalização de mídias comunitáriassem outorga.
10) Reconhecer e apoiar experiências de educação não formal no campo da cultura e da comunicação;
11) Implementar Educação Audiovisual e Mídias Digitais, inclusão deLógica de Programação e Desenvolvimento de Software na educação básica.
12) Promover práticas educativas, nos âmbitos da educação formal enão formal, a fim de popularizar o direito à comunicação e garantir oaprendizado de uso das novas tecnologias da comunicação e informação,visando o desenvolvimento de competências, habilidades e à reflexãopolítico-transformad ora, na perspectiva da mediação tecnológica naeducação, da educação para a comunicação e da gestão educomunicativa;
13) Políticas de formação para o midialivrismo e do midialivrista em espaços formais e informais de educação;
14) Criação e manutenção de escolas livres de formaçãomultimidiática com núcleos regionais e/ou estaduais, reunindo asexperiências metodológicas jádesenvolvidas por instituições dereconhecimento público, com ênfase na formação continuada para odesenvolvimento de novas práticas nas relações de mercado na área doaudiovisual, da Economia Solidária e do Comércio Justo.
15) Democratizar o acesso aos Editais Públicos na área doaudiovisual, garantindo consultoria técnica para o seu preenchimento esimplificando os processos de inscrição e conveniamentos;

Propostas para a Conferência de Cultura

Banda Larga
  1. Utilizar recursos do FUST para investir na soberania da rede,ampliando o alcance da RNP e de outras redes alternativas de acesso aInternet via energia elétrica e rede de satélites, envolvendo em umaação transversal o MinC, o MiniCom,o MEC e as universidades para capacitar o substrato social namanutenção e administração desta infraestrutura, incluindo organizaçõessociais como reais beneficiárias de conexão pública de banda larga naponta, transformando essas instituições em provedores de acesso queadministram seus próprios servidores e provêm conteúdo licenciadolivremente.
  2. Utilização das redes de internet públicas federais, estaduais emunicipais como base de infraestrutura para disponibilizaçã o deservidores de internet públicos, com conselhos de gestão paritáriosentre Poder Público e sociedade civil.
  3. Universalizar o acesso a banda larga pública e gratuita.
  4. Criação e manutenção de uma rede de infraestrutura pública deinternet em banda larga, utilizando-se recursos do Fundo deUniversalizaçã o dos Serviços de Telecomunicaçõ es (Fust), mediantealteração da lei, para subsidiar o acesso de parcelas da população
SINTESE. Alteração legal para utilização doFUST, FISTEL e outros fundos na aplicação da ampliação da RNP, e outrasredes públicas e gratuitas de pesquisa e implantação de acesso deInternet via redes elétricas e de satélites, capacitação dascomunidades para assumirem a responsabilidade de administrarem seuspróprios servidores territoriais, permitindo prover conteúdo licenciadolivremente e a criação de uma rede de infraestrutura de suporte técnicopara a universalizaçã o, com qualidade, do acesso à banda larga.

PLATAFORMAS
  1. Criar um repositório comum de metodologias, que partem doreconhecimento das identidades culturais regionais que contemplemsoluções tecnológicas flexíveis de letramento digital, produção edivulgação de conteúdo reforçando a importância da autonomia eliberdade nos processos de aprendizagem.
  2. Criação de plataformas de produtos e serviços de economia da cultura
  3. Programa de fomento para produção de conteúdo em plataforma colaborativa;
  4. Garantir o desenvolvimento de software livre e plataformas on-line para a difusão de conteúdos multimídias;
SINTESE. Estabelecer e fomentar políticaspúblicas para o desenvolvimento de plataformas em software livre para aprodução e difusão de conteúdos colaborativos e multimídia livres.

DISTRIBUIÇÃO
  1. Promover e apoiar eventos nacionais e internacionais paradistribuição e circulação das produções culturais das redes decomunicação e cultura;
  2. Criar um sistema público de distribuição física de conteúdos produzidos pelas redes de comunicação e cultura.
  3. Promover Editais Públicos que garantam disponibilidade derecursos para distribuição, exibição e manutenção das atividades nãocomerciais do setor, além de disponibilizar todo o conteúdo audiovisualproduzido com os recursos públicos para circulação sem fins lucrativos,garantindo acesso irrestrito para o público.
  4. Criação e manutenção de equipamentos públicos para produção edistribuição de conteúdos audiovisuais, sonoros e impressos, geridospor meio de conselhos paritários que envolvam Poder Público e sociedadecivil.
  5. Que as secretarias de cultura e de educação, o MEC e o MinCtenham políticas para aquisição de produtos impressos e digitais demídia livre que sejam produção de conhecimento livre.
  6. Toda produção cultural financiada com dinheiro público (leis deincentivo a cultura) deve poder ser exibida e distribuída de formalivre desde que sem fins lucrativos e deve ser disponibilizada emacervos livres.
  7. Todo conteúdo desenvolvido com recursos público deve ser licenciados em licenças livres e publicado na rede;
SINTESE. . Criar um sistema público dedistribuição física de conteúdos produzidos pelas redes de comunicaçãoe cultura. e garantir que a produção cultural financiada com dinheiropúblico seja exibida e distribuída de forma livre, licenciada atravésde licenças flexíveis e disponibilizada em acervos livres.
FORMAÇÃO
  1. Criação e manutenção de uma escola livre nacional de formaçãoaudiovisual, com núcleos regionais e/ou estaduais, reunindo asexperiências metodológicas já desenvolvidas por instituições dereconhecimento público, com ênfase na formação continuada para odesenvolvimento de novas práticas nas relações de mercado na área doaudiovisual.
  2. Formação em economia solidária e tecnologias livres para os agentes culturais
  3. Incentivar a criação e sistematização de documentação e materialde referência para aprendizado formal, informal e autodidata;
  4. Reconhecer lan-house como espaço de acesso à informação,comunicação e cultura, criando políticas públicas de qualificação nouso desses espaços
  5. instituir no currículo escolar a disciplina de Comunicação.
  6. Implantação de uma política de apoio de capacitação e suportepara o uso de software livre, a coletivos culturais, em estúdiosmultimídia abertos ao uso comunitário.
SINTESE. . Criação e manutenção de escolas livresde formação multimidiática com núcleos regionais e/ou estaduais,reunindo as experiências metodológicas já desenvolvidas porinstituições de reconhecimento público, com ênfase na formaçãocontinuada para o desenvolvimento de novas práticas nas relações demercado na área do audiovisual, da Economia Solidária e do ComércioJusto.

DIREITO AUTORAL
  1. Que o governo extinga a taxa cobrada pelo Escritório Central deArrrecadação de Direito Autoral (Ecad) em todas as esferas públicas eprivadas.
  2. Alteração da legislação de Direito Autoral para garantir aampliação do acesso legítimo a obras protegidas, para fins de educação,pesquisa, de difusão cultural e preservação de forma a permitir cópiasprivadas, e estímulo ao licenciamento alternativo e garantir a proteçãodos conteúdos em domínio público de modo que esses conteúdos permaneçamlivres.
  3. Alterar a Lei do Direito Autoral para garantir o uso e democratização do acesso aos bens culturais.
SINTESE. . Alteração da legislação de DireitoAutoral para garantir a ampliação das possibilidades de uso das obrasprotegidas e, para fins de educação, pesquisa, de difusão cultural,preservação, interoperabilidade e portabilidade, uso privado de cópiaintegral sem finalidade comercial e também para garantir a supervisãodo estado nas entidades de gestão coletiva para estímulo aolicenciamento alternativo e garantia a proteção dos conteúdos emdomínio público de modo que esses conteúdos permaneçam livres

CONTEÚDO REGIONAL/INDEPENDEN TE
  1. Instalar midiatecas em todas as bibliotecas públicas,privilegiando produções nacionais regionais, especialmente as de baixoorçamento.
  2. Criação de espaços públicos de comunicação em comunidades e parapovos tradicionais com rádios, tvs, telecentros e gráficas livres, quepossibilitem e reforcem o registro e divulgação da cultura local e bensculturais materiais e imateriais produzidos nesses espaços. Estes devemainda atuar como pontos de difusão de conectividade utilizando redessem fio, provendo também serviços de TV, rádio e telefonia além doconteúdo cultural produzido localmente.
  3. Incentivo à regionalização da produção musical dentro das rádios comunitárias.
  4. Fomentar a produção cultural de comunidades tradicionais;
  5. Implementação de política de cotas que garanta a distribuição deconteúdo nacional independente e regional na televisão, com oestabelecimento de instância de regulação e de fiscalização para osetor de audiovisual.
  6. Assegurar a exibição de, no mínimo, 50% de produção independenteregional pelas concessionárias de canais de TVs, abertas e fechadas.
  7. Que o MinC crie um edital que destine verbas para o fomento de rádios e TVs comunitárias.
SINTESE. . Regulamentação do artigo 221 daConstituição Federal com a aprovação de leis que garantam percentual deconteúdo regional e independente, observando a diversidade étnica, degênero, religiosa para exibição nos canais de sinal aberto e porassinatura e nos mais diversos suportes e sua rigorosa fiscalização.

FOMENTO
  1. Lançar editais públicos que incentivem a inovação edesenvolvimento tecnológico para a mídia livre, a exemplo do edital dosPontos de Mídia Livre.
  2. Desoneração da cadeia produtiva do audiovisual através dofomento para a formação de um parque industrial nacional para afabricação de maquinário de suporte, de baixo custo, para a indústriado audiovisual e da redução dos custos de importação de câmeras,equipamentos e componentes audiovisuais, sem similar produzido no Brasil
  3. Proposta de projeto de lei para a criação de marco regulatóriocivil para a internet, com base na Carta de Princípios para a Internetformulada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br),estabelecendo direitos e deveres dos usuários
  4. Pulverizar o recurso público gasto com publicidade para fomentar produções impressas independentes (cordeis, hqs, fanzines)
SINTESE. . Incentivo aodesenvolvimento de tecnologias para mídias livres, pulverização dorecurso público gasto com publicidade para fomentar produções impressasindependentes e desoneração da cadeia produtiva do audiovisual atravésdo fomento para a formação de um parque industrial nacional para afabricação de maquinário de suporte, de baixo custo, para a indústriado audiovisual e da redução dos custos de importação de câmeras,equipamentos e componentes audiovisuais, sem similar produzido noBrasil.




PROPOSTAS GERAIS (NÃO ESPECÍFICAS DE COMUNICAÇÃO)
  • Implementação do sistema nacional de cultura;
  • Criar mecanismos para incentivar o consumo de produtos e serviçosda economia da cultura por entidades públicas e privadas no Brasil e noexterior.
  • 3. Desonerar a carga tributária para projetos culturais e para osprofissionais autônomos por meio de instrumentos legais e garantir umsistema de seguridade e previdência para esses profissionais;
  • Programa Cultura Viva seja implementado como política de estado
  • Fomentar a produção de jogos educativos e ligados a questões socioculturais
CONTEMPLADAS NO DOC COMUNICAÇÃO
  • Alteração dos procedimentos da escolha dos membros do ConselhoCurador da TV Brasil, garantindo ampla e diversa representação dasociedade civil, através dos seus legítimos Fóruns.
  • Projeto de Lei para garantir no sistema digital a criação deemissoras de Rádios e TVs Comunitárias em sinal aberto, criando fundosespecíficos para estes meios e permitindo que captem recursos compublicidade para garantir sua auto-sustentabilida de.
  • Concessão de canais digitais para o Ministério da Cultura e demaisÓrgãos Públicos de Cultura, TVs Comunitárias e TVs Universitárias paragarantir a difusão da produção de conteúdos audiovisuais que contam comapoio ou fomento do Ministério da Cultura, bem como a produçãoaudiovisual oriunda de iniciativas populares.
  • Criação de marco regulatório para legalização e estímulo das redesde troca e compartilhamento de conteúdo livre, cultural, educacional,comunicacional e informacional.
  • Garantir incentivos financeiros oriundos do Ministério de Ciência e Tecnologia para ações de cultura e inovação tecnológica.
  • Apoio à implementação dos Canais criados pelo Decreto 5.820/2006(TV Digital), com a participação da sociedade civil na programação e nagestão dos canais, com ocupação dos canais da Cidadania, na TV digital,pelas televisões efetivamente comunitárias.
  • Proposta de projeto de lei (para garantia de direitos civis nainternet) para a criação de marco regulatório civil para a internet,com base na Carta de Princípios para a Internet formulada pelo ComitêGestor da Internet no Brasil (CGI.br), estabelecendo direitos e deveresdos usuários.
Fonte: http://culturadigit al.br/iicncrj/ 2009/09/30/ i-conferencia- livre-de- comunicacao- para-a-cultura/

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Brasil é o quinto país com mais conexões à internet

O Brasil tinha 64,8 milhões de internautas, segundo o Ibope Nielsen Online, em julho de 2009. Esse valor indica um aumento de 2,5 milhões em relação a junho e um acréscimo de 23,3 milhões, quando comparado com julho de 2008. O país hoje é o 5º em número de conexões à internet, com 23,8% das residências conectadas. Nas áreas urbanas, 44% da população está conectada.
27,5 milhões de brasileiros acessam a internet de casa com regularidade. De todos os internautas brasileiros, 87% acessam a internet semanalmente, numa proporção de 38% que acessa diariamente, 10% de quatro a seis vezes por semana, 21% de duas a três e 18% apenas uma vez.
Apesar desses números elevados, um estudo realizado pelo TIC Domicílios 2008 e divulgado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) indicou que 75% dos brasileiros consideram o custo uma barreira para a aquisição do PC, enquanto 54% dizem que os preços dificultam o acesso à internet.
No mundo todo, 500 mil pessoas entram, diariamente, pela primeira vez na internet. Estima-se que o número de usuários de computador vá alcançar a marca de 2 bilhões até 2012.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pesquisa mostra números da web no Brasil

O Brasil é o país da internet. Segundo levantamento do Ibope Nielsen OnLine, os brasileiros ocupam o primeiro lugar no ranking do povo que mais tempo passa na rede. Com 26 horas e 15 minutos por semana, o Brasil é seguido por Reino Unido, 25 horas, França, 24 horas e Alemanha, 23 horas e 53 minutos.

A pesquisa ainda afirma que o número de usuário ativos da internet residencial chegou a 25,5 milhões em março de 2009, um crescimento de 12% em relação ao mesmo mês do ano passado. Porém, se levar em conta outras formas de acesso como trabalho, lan houses e bibliotecas, o número de internautas, segundo o Ibope Nielsen OnLine, pode alcançar a marca de 62,3 milhões.

Para o analista de mídia do Ibope Nielsen OnLine, José Calazans, o principal responsável pelo crescimento dos pc’s é popularização da banda larga.

Samba na era 2.0

No mundo da música, a ordem é deixar a nostalgia de lado e se infiltrar nas novidades da Web 2.0. Principalmente pelas plataformas do MySpace, site onde artistas divulgam vídeos, canções e fotos, e Orkut, as novas caras do samba e choro vêm mostrando que usar a internet é uma das formas de manter viva a cultura brasileira.


Para Edu Krieger, violonista e apresentador do programa Vozes da Lapa na Roquette Pinto, a dependência das gravadoras chegou ao fim. “Não dependo mais de departamentos de marketing das gravadoras ou de assessorias de imprensa, que geralmente custam caro. Qualquer um pode ter acesso ao meu trabalho, basta clicar no mouse e pronto, está tudo lá.”



Já Marcos Tannuri, do grupo de choro
Camerata Brasilis, ressalta que as redes sociais possibilitam um fortalecimento dos laços com os fãs. “O artista pode se comunicar diretamente com o público sem a necessidade de intermediários. Assim, o público se sente mais próximo do artista e o artista pode conhecer melhor seu público. Um exemplo é a liberdade que o público tem de opinar e dar suas sugestões diretamente ao artista e este de responder ao público.”


Krieger completa que essa relação virtual acaba sendo refletida para o ambiente de shows. “No meu caso, como sou naturalmente irreverente e brincalhão, o senso de humor está sempre presente nas postagens dos membros da minha comunidade. Eu mesmo adoro entrar lá para dar uma bagunçada, e isso cria uma cumplicidade com as pessoas que frequentam aquele ambiente, tornando-o descontraído.”


Um dos responsáveis pela revitalização da Lapa, João Callado, cavaquinista do Grupo Semente, entretanto lembra que a criação de “intermediário” as vezes é preciso devido à falta de tempo para colocar na web as novidades. “Têm dois fãs da Teresa Cristina e Grupo Semente que nos ajudam muito na divulgação de shows e lançamentos de CDs pelo Orkut”
completa o músico.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

'O Globo' ganha versão para Kindle

O jornal "O Globo" se tornou na terça-feira, 7, o primeiro jornal da América do Sul a ter uma versão para o Kindle. Para quem não conhece, o Kindle é um aparelho criado pela empresa Amazon que lê e-books e outros tipos de mídias digitais.

O jornal já está disponível tanto para assinatura, que custa US$ 17, 90 (cerca de R$ 27), como para venda avulsa, que sai por US$ 0,99 (cerca de R$1,70) através do site da empresa. Quem escolhe assinatura recebe o jornal em seu Kindle por volta das 6h da manhã, desde que o aparelho esteja em local com acesso à rede 3G de compartilhamento de dados.

Todas as editorias estão presentes com exceção dos jornais de bairro e dos classificados. Por questões de limitação do aparelho as fotos só podem ser vistas em preto e branco e tabelas não podem ser enviadas.

O Kindle pode armazenar até 1.500 publicações entre livros, jornais e revistas. Pesando apenas 289 gramas, ele permite que o usuário faça marcações e anotações e ainda possui um mecanismo de leitura em voz alta. Além disso, consome pouca bateria e com uma carga única o usuário pode ficar entre quinze (se o acesso à rede estiver desligado) e quatro dias (com o acesso à rede ligado) sem precisar recarregá-lo.

Cinema: uma forma de aprendizagem

Na XXXI Jornada de Iniciação Científica da UFRJ, Gisele Pascale de Camargo Leite, aluna do 4º período de Pedagogia apresentou o seu trabalho sobre o uso do cinema na educação das escolas, com o título: " Artistas, colecionadores e mágicos para ensinar cinema às crianças e adolescentes."

Gisele Pascale está junto com um grupo de pesquisa pedagógica sobre como o cinema pode proporcionar um ato de criação e ser uma forma de aprendizagem. O estudo tem como objetivo ampliar o repertório dos professores e alunos além de introduzir história e elementos de linguagem cinematográfica. O papel do filme nesse caso é provocar uma motivação nos alunos para aprenderem como um ato criativo, além de trabalhar com a imaginação e expressão dos alunos, o que não são trabalhados normalmente na sala de aula. Pascale enfatiza que devemos pensar o filme como um gesto de criação, pois, assim poderemos fazer os alunos compreenderem o processo de criação que os cineastas passaram, ajudando-os nos trabalhos a serem desenvolvidos em sala de aula.

Os alunos trabalham com enquandramentos de cena feitos com cartolina, e a imagem que aparece na abertura do papel vai ser trabalhada e ela terá uma história a ser criada pelo aluno. O material didático inclue fotos artísticas, trechos de filmes, poesias, jogos, exercícios práticos, apostilas, livros
e blog para fazer a turma interagir e colocar os vídeos criados em sala. Os recursos mecânicos também são variados: marcos para enquadramento, câmeras filmadoras e fotográficas, recursos de som e iluminação.

O estudo foi posto em prática este ano, na escola CAP UFRJ tendo resultados positivos, não só por parte dos professores, mas também dos alunos que se envolveram bastante no projeto e se sentiram motivados a fazerem seus trabalhos.

Guerra dos sexos em Atenas

Com base na deusa grega Atená, Angélica Barros contrastou o espaço feminino e o masculino na sociedade ateniense em sua palestra nesse segundo dia da XXXI Jornada de Iniciação Científica da UFRJ. Analisando imagens desenhadas em vasos de cerâmica, a aluna de história mostrou que a deusa resume em si as figuras de soldado e mãe, principais papéis desempenhados pelos homens e mulheres, respectivamente, desta Polis (cidade).
Angélica Barros destacou o espaço privado, doméstico (oîkos), como principal área de atuação da mulher ateniense. Apesar de terem aulas de leitura, cálculo e música com suas mães, eram criadas exclusivamente para casar e ter filhos. Atená se aproximaria dessa figura feminina ao receber um filho concebido pela terra (Gaya), revelando seu instinto materno.
A figura masculina representa o outro extremo, a criação para o espaço público. A educação do homem de Atenas se baseava em três pilares: corpo, alma e intelecto, promovendo um equilíbrio para seu ser. A ginástica, a música e a gramática eram, respectivamente, as atividades que cumpriam esse balanceamento. Angélica Barros frisou que os homens deviam estar sempre preparados para a guerra, a defesa de Atenas era sua principal ocupação.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Funk: entre a dança e o fuzil

O baile funk foi para a berlinda nesse segundo dia da XXXI Jornada de Iniciação Científica da UFRJ. Os alunos Pedro Gusmão, Ana Carolina Pinto da Gama e Fernanda Rimes confrontaram os bailes comerciais – onde a entrada é paga – e os realizados em comunidades, argumentando que esses dois são espaços simbólicos que traduzem a relação do funk com os freqüentadores e com o ambiente onde acontecem. O grupo se mostrou surpreso com a descoberta de que as festas comerciais não são mais recatadas que as outras, a popularidade da pornografia nas letras das músicas e o modo de dançar são os mesmos.


O público dos bailes comerciais tende a ser mais diversificado, incluindo pessoas de classe média. Contudo, os hábitos não são muito diferentes: a dança, a valorização do corpo e a preferência por músicas originais, repletas de palavrões e pornografia, predominam. O grupo destacou que, ao contrário do que era esperado, o flerte é mais explícito nas festas comerciais, e levantou a hipótese de que isso ocorre porque, nas de comunidades, as pessoas já se conhecem.


O uso de drogas, questão sempre levantada quando se fala de favela, é feito, na maioria das vezes, livremente nos bailes sediados em comunidades. Já nos comerciais, que contam com vários seguranças profissionais, essa prática é velada, mas também ocorre. Segundo Gusmão, “nos bailes de comunidades, o fuzil entra no lugar da segurança”, ou seja, são os traficantes que controlam o lugar.



Os bailes funk comerciais contam com mais estrutura – banheiros, camarotes, etc. – do que os de comunidades. Estes são mais informais, não tem um local específico para acontecer, e mobilizam os vizinhos, que montam suas barracas ao redor para vender comida e cerveja. Além disso, segundo o grupo, igrejas também aproveitam a situação para distribuir panfletos e anexar cartazes com as suas diretrizes.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A importância da internet para a eleição de Obama

Dentro da Jornada de Iniciação Científica, Artística e Cultural promovida pela UFRJ, o aluno do curso de Jornalismo Maurício Meireles, apresentou, na última terça-feira (06/10), seu trabalho sobre o tema "Eleição e internet: a influência da comunicação distribuída no processo eleitoral democrático". Em apresentação realizada na Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, ele destacou o caso do atual presidente norte-americano Barack Obama, eleito recentemente, em 2008, com grande apoio dos internautas e usuários das novas mídias digitais.

Segundo o estudante, a campanha desenvolvida na internet de forma espontânea por alguns eleitores contagiou grande parte da população, principalmente os jovens, que são maioria na rede virtual, o que contribuiu significativamente para a vitória histórica do primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Maurício defendeu a ideia de que, por se sentirem mais conectados aos projetos eleitorais de Obama através da web, houve um suporte maciço vindo dos usuários desse meio.

A afirmação feita foi comprovada através de alguns números estatísticos: 2 milhões de americanos criaram perfis em sites de relacionamento para incentivar o candidato democrata, a maioria utilizando o slogan "Yes, we can"; 55% da população adulta em idade de votar usou a internet para se engajar nas eleições, sendo 74% dessas pessoas eleitores de Obama; e mais de 7 milhões de ligações, feitas por apoiadores do presidente, foram registradas para eleitores indecisos às vésperas da eleição, no projeto "Call for change".

O engajamento via internet serviu ainda, de acordo com o trabalho apresentado, para comprovar que o fracasso da campanha democrata às eleições presidenciais de 2004, com o candidato Howard Dean, não se deveu a arrecadação de fundos online. Na ocasião, a iniciativa foi massacrada pela grande mídia e o importante estado de Iowa acabou não votando a favor de Dean, o que foi decisivo para o resultado final. De acordo com Mauricio Meireles, a utilização da web como ferramenta para campanha política não foi uma ação inovadora, mas consolidou com êxito uma estratégia que já havia sido desenvolvida anteriormente.

No caso de Obama, o que se configurou foi uma oposição à campanhas massificadas pelas mídias tradicionais. A propaganda democrata serviu como contrapeso à forte presença republicana nos rádios e, com a grande adesão dos internautas, o papel das redes virtuais se esquiparou ao dos jornais, tendo percentuais semelhantes de influência sobre a opinião pública. Na visão de Maurício, a vitória de Obama, ademais dos fatores contextuais que a marcaram como um dos principais acontecimentos históricos das últimas décadas, serviu também para pôr fim ao descrédito quanto a capacidade da internet em mudar os rumos de uma eleição.