Entre os entrevistados deste período estão jornalistas renomados como Maria Beltrão, Miriam Leitão e Mauricio Azedo.
Confira a experiência no vídeo abaixo.
Criada pelos publicitários Rony Rodrigues e João Paulo Cavalcanti, a Box 1824 (www.box1824.com.br) realiza mapeamento de tendências de consumo pelo mundo todo e já prestou consultoria para diversas empresas dentre as quais Unilever, Fiat, Nokia, Pepsico e Melissa.
Veja a seguir o vídeo We all want to be young:
We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.
O site Nerdbox é um blog voltado para o público nerd, como o próprio nome sugere. Além de trazer diversas novidades sobre o universo geek, o blog também traz críticas de filmes e seriados, cobertura completa de eventos como o Video Game Live e diversas promoções que já presentearam os leitores com action figures - estatuetas de personagens de filmes e histórias em quadrinhos -, ingressos para o VGL e livros.
Lançado há 1 ano e meio, o blog também conta duas colunas fixas.O Nerd no Ringue traz divertidas crônicas cotidianas de um rapaz nerd, já a Fashion Geek tem como foco o mundo da moda e as tendências voltadas para esse público que se identifica com o óculos fundo de garrafa.
Para o próximo ano, o blog pretende ampliar sua atuação com a produção de vídeos e também de um podcast mensal.Para ficar sempre por dentro das novidades ou apenas divertir-se com posts bem humorados sobre assuntos nerds, basta acessar www.nerdbox.com.br e seguir o perfil do Twitter, @thenerdbox.
Qualquer pessoa pode divulgar seu projeto e estipular um orçamento necessário para concretizá-lo. Cada proposta possui um prazo diferente para conseguir arrecadar todo o dinheiro necessário. Caso o valor total das doações não alcance a meta determinada inicialmente, nenhum dólar é repassado para o autor do projeto. Para conseguir se manter, o kickstarter fica com 5% do dinheiro arrecadado, como uma espécie de comissão.
Além de atrair a “solidariedade financeira” das pessoas com suas ideias, os criadores dos projetos também podem atrair contribuições oferendo pequenas recompensas como uma cópia autografada do cd, no caso de um músico. As recompensas podem variar de acordo com o valor da doação e jamais pode se oferecer retorno financeiro para o investimento.
O projeto que recebeu maior quantidade de backers - termo utilizado para designar aqueles doam dinheiro - e que ultrapassou pela primeira vez o total de 500 mil dólares foi do designer americano Scott Wilson. Se trata de uma pulseira de relógio na qual pode ser acoplado um Ipod Nano. A ideia é transformar o gadget em um relógio touchscreen multifuncional. No total, 9.810 contribuíram com um dólar ou mais, que resultou em US$ 687 mil arrecadados, 4.484% a mais sobre o orçamento inicial.
Atualmente, o site atua em território americano, mas a ideia é expandir os negócios para outras partes do mundoo. Todos os pagamentos são feitos através do site Amazon Payments.
Vi o filme Hedwig and The Angry Inch por indicação da pessoa que assitiu a peça comigo. O que presenciei durante as duas horas de peça foi um absoluto descaso com o sentimento da história passada no palco. Um absoluto descaso com o que significa Hedwig no mundo. E não digo somento no mundo gay, digo no mundo inteiro. O sentido da história dentro de todas as referências incríveis que faz, desde o Banquete até os bares sujos de Nova Iorque, foi ignorado. Ou talvez não. Não foi ignorado, mas sim transformado em um dos maiores atentados ao drama que já vi. Evandro Mesquita tranformou um dos maiores dramas do mundo gay em uma comédia pastelão digna de Zorra Total. Recheada de piadas clichês e de atuações fracas, Hedwig passa de um ícone a uma travesti fake que não faz diferença se montada por Paulo Vilhena ou por Chacrinha.
Já não esperava muita coisa da peça, para dizer a verdade, mas o que se passou naquele palco foi muito menos do que esperava. E não só no palco, a plateia gargalhava ao som de piadas fracas e antiquadas. Conseguiram arrancar um riso de mim quando citaram a R. Prado Jr em Copacabana, onde se pode fazer de tudo: ir ao açougue, comprar roupas e vender o corpo. Talvez esta tenha sido minha única risada sincera, as outras risadas foram para a vergonha que senti da triste versão para Wicked Little Town que o ator Paulo Vilhena tenta, inutilmente, cantar e transformar em algo mais emocionante. As letras, traduzidas a maioria ao pé da letra, não rimam, não se encaixam nas melodias, deixando sempre um pedaço pra fora, uma coisa solta no ar.
Para que não me acusem de somente falar mal da peça, vamos às coisas boas: A banda não é de todo mal, as músicas mais rock'n roll conseguem animar a peça. A atriz que contracena com Paulo Vilhena e Pierre Baitelli, Eline Porto, tem uma voz incrível. Alcança notas lindas e suas expressões faciais convencem. O ator Pierre Baitelli, que divide de forma surpreendente (sim, eles mantém uma ótima sincronia) o papel de Hedwig com Paulo Vilhena, também tem seus momentos altos e encarna a travesti com mais vontade do que seu parceiro de palco. Paulo Vilhena só consegue algum tipo de sensação ao final da peça, quando tira a peruca, a roupa e assume uma visão triste de uma travesti devastada pela vida, dando a Hedwig um pouco de consolo.
De resto, a peça é toda de um mal-gosto interminável. Saí da sala do teatro com vergonha de ter presenciado tudo aquilo, triste por ver uma história tão bonita ser reduzida a fragmentos, triste por ver minutos de possível emoção serem invadidos por piadas forçadas e sem sentido. A peça não se faz entender, a história não é contada, o público nem sequer chega perto do drama vivido pela personagem. A sensação que tive foi que a peça Hedwig entrou nos palcos brasileiros deixando uma parte para trás (assim como Hedwig ao cruzar o muro de Berlim): deixou toda a sua intensidade, seu drama, sua beleza fora de cena.
E foi com lágrimas nos olhos de revolta e de tristeza que levantei da cadeira e saí. E mais revoltada ainda fiquei ao ver o público sorridente, satisfeito com tamanha troça. E não há outra palavra que, para mim, defina o que se passou.
E concluou que, de fato a peça faz juz a frase machista que Evandro Mesquista usa para apresentá-la: "Ser um transexual nos anos 80, e ainda na Alemanha, tinha que ser muito macho!" Um retrato triste de como fazer teatro pode se tornar um ato descompromissado de se exibir e apenas provocar risadas, a qualquer custo.
A empresa Thyssenkrupp CSA Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), o diretor de projetos da companhia, Friedrich-Wilhelm Schaefer, e o Gerente Ambiental Álvaro Francisco Barata Boechat foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro por crimes ambientais. De acordo com a ação penal, a TKCSA gera poluição atmosférica continuamente desde junho desse ano, em níveis capazes de provocar danos à saúde humana, afetando principalmente os que vivem próximo à usina, em Santa Cruz.
A empresa e os executivos são acusados de quatro crimes ambientais, sendo o principal deles o derramamento de ferro-gusa em poços ao ar livre, sem qualquer controle de emissões. Em contato com o solo, o ferro-gusa provoca a emissão de toneladas de material em partículas, podendo causar problemas respiratórios, doenças de pele, irritação de mucosas.
Um estudo realizado pelo Instituto de Geociências da UFRJ atestou o aumento de 600% na concentração média de ferro na área de influência da TKCSA, em relação ao período anterior ao início da operação. Apontou, ainda, a superação do nível máximo legal tolerável para a concentração de poluente atmosférico, acima do qual a saúde da população pode ser afetada.
Segundo o Promotor de Justiça Daniel Lima Ribeiro, Coordenador do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) Ambiental, “uma usina siderúrgica do porte da CSA, construída em pleno ano 2010, não pode deixar de adotar tecnologia de controle adequada, capaz de prever e captar qualquer emissão de poluentes atmosféricos ou hídricos”.
As penas podem ultrapassar 19 anos de reclusão para cada um dos dirigentes. Há ainda a possibilidade de multa, suspensão total ou parcial de atividades e interdição temporária de direitos, como proibição de contratar com o Poder Público, receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios e participar de licitações, pelo prazo de cinco anos.
Hoje se completam 30 anos da morte de John Lennon, ex-integrante dos Beatles. Lennon foi assassinado na noite de 8 de dezembro de 1980, em frente ao edifício de luxo Dakota, onde morava no Upper West Side de Manhattan, em frente ao Central Park. Ao retornar para casa com a esposa Yoko Onu, o Beatle era aguardado, sem saber, por Mark David Chapman, fã que havia lhe pedido um autógrafo em seu LP Double Fantasy, no mesmo local e no mesmo dia, algumas horas antes. Chapman disparou quatro tiros em Lennon pelas costas, que caiu no chão sangrando muito, e que minutos depois seria levado por uma viatura de polícia ao hospital St. Luke's-Roosevelt, aonde chegaria morto.
Chapman foi preso, pois permaneceu no local após cometer o assassinato. Em seu julgamento, o assassino alegou ter encontrado no livro O apanhador no Campo de Centeio uma mensagem que dizia para matar John Lennon e, ainda, que escutava vozes em sua cabeça dizendo o mesmo. Desde 1981 ele cumpre pena de prisão perpétua no presídio de Attica, em Nova York, e teve seu pedido de liberdade condicional negado seis vezes, devido à "natureza incomum" de seu crime.
O longa-metragem canadense Chapter 27, lançado em 2007, retrata Chapman nos três dias que antecederam o assassinato, e no momento em que o cometeu. O título é uma referência ao livro onde teria encontrado a mensagem para matar o músico. O livro contém 26 capítulos e o 27º capítulo seria a continuação da história, uma vez que Chapman por vezes confundia sua personalidade com a do protagonista fictício Holden Caulfield.
Segundo o Setor de Convênios e Relações Internacionais (SCRI) da UFRJ, os destinos mais procurados pelos estudantes são França e Espanha. A cidade de Salamanca, localizada na região de Castilla y León, fica a duas horas de Madri e é uma das cidades espanholas mais ricas em monumentos da Idade Média, do Renascimento e das épocas clássica e barroca.
A tradicional Universidad de Salamanca é hoje uma das instituições universitárias mais prestigiadas da Europa, atraindo estudantes de toda a Espanha e de todo o globo. São mais de 35 mil alunos matriculados, e o número de estudantes estrangeiros é o mais elevado de toda a Espanha. Foi fundada no ano de 1218 e é a mais antiga universidade da Espanha e, assim como a Sorbone de Paris, uma das mais antigas do mundo.
A Plaza Mayor, edificada entre 1729 e 1755, é o coração dessa cidade pequena e cosmopolita, e reúne os moradores e visitantes ao longo de todo o dia, até mesmo no inverno rigoroso. A chegada da primavera é um acontecimento na cidade, e é quando a Plaza Mayor parece mais cheia do que nunca, pois após os meses de frio, os moradores aproveitam os dias mais quentes para tomar sorvete na praça e passar a tarde tomando sol.
Além do ensino de qualidade, o estudante que vai à Salamanca encontra: muitas opções de festas, que ficam lotadas todos os dias da semana; um custo de vida relativamente barato, quando comparado a outras cidades européias; muitos espaços públicos, como praças e parques; facilidade de viajar e conhecer muitos lugares da Europa. Desse modo, a experiência de intercâmbio na cidade oferece a oportunidade de enriquecer tanto o currículo como a vida pessoal do estudante.
Ana Rosa Reis, responsável pela comunicação organizacional do Médico Sem Fronteiras no Brasil, dá palestra e conta detalhes de como funciona a organização
A ONG chega aos lugares mais inóspitos e de difícil acesso que se possa imaginar. Os grandes eixos de atuação são: fome, epidemia, catástrofes naturais e conflitos. No Brasil esteve presente no caso de cólera no Amazonas, no complexo do Alemão em decorrência da violência urbana e no caso de enchente em Alagoas, essa última teve maior foco em recuperação da saúde mental. Quando perguntam a ela se não tem medo desses casos de conflito como no caso do complexo do Alemão, ela responde: “ Quando eu visto a blusa do Médico Sem Fronteiras, me sinto com um colete a prova de balas. Somos muitos respeitados. Eles entendem que precisam de ajuda médica e a nossa única visão é que estamos atendendo seres humanos, é pela ética médica mesmo. Não estamos do lado de ninguém, não é do nosso interesse e índole tomar partido em conflitos”.
Os sites de compra coletiva, que já existiam nos Estados Unidos, surgiram no Brasil no início desse ano e são hoje uma febre na internet. Oferecem a possibilidade de comprar vouchers para tratamentos de beleza, restaurantes, hotéis, teatros e muitos outros. O negócio funciona da seguinte forma: um site oferece uma oferta de 50% até 90% em determinado produto ou serviço, durante um período de tempo. Após finalizar a compra, o cliente espera a oferta encerrar e, caso seja atingido o número mínimo de compradores, em até 24h o cupom estará disponível na sua conta do site. Segundo Júlio Vasconcellos, criador do pioneiro Peixe Urbano, na maioria das situações o mínimo é batido por muito: “a gente teve uma iogurteria no Rio de Janeiro que o número mínimo era 50, e a gente vendeu 23 mil frozen yogurts em 24 horas, que é o número que eles vendem em três meses”, diz ele em entrevista para o Jornal da Globo.
Os sites de compra coletiva refletem uma tendência da internet, que é a difusão do empreendedorismo na juventude. A maioria dos criadores desses sites, assim como a maioria dos mais de 150 funcionários do Peixe Urbano, tem entre 25 e 30 anos de idade. O Peixe Urbano já tem mais de um milhão de usuários, e utiliza a plataforma de pagamentos do PagSeguro, que garante total segurança e sigilo dos dados transmitidos. Para os consumidores, a maior novidade – além dos descontões, é claro - é ter que lidar com o tempo limitado das ofertas, o que às vezes acaba determinando uma compra por impulso. Outra característica é que as ofertas vão até o consumidor, e com os preços baixos fica difícil resistir à compra de produtos que não se estava precisando ou desejando até então.
As ofertas dos aproximadamente 40 sites de compra coletiva do Brasil podem ser encontradas no site Saveme, que reúne todas elas.
O tradicional samba das quinta-feiras da UFRJ, no Campus da Praia Vermelha, encontra entraves por parte da Instituição para continuar existindo
“Samba,
Negro, forte, destemido,
Foi duramente perseguido,
Na esquina, no botequim, no terreiro” (Nelson Sargento)
É certo que todo bom brasileiro conhece a origem de seu principal gênero musical, o samba. Quando começava a nascer, ele foi fortemente discriminado, sofria preconceitos e chegou até a ser criminalizado. Depois de enfrentar muitos tipos de barreiras, hoje, ele é considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, se transformou em símbolo de identidade nacional, se desvencilhando daqueles antigos e absurdos equívocos ao qual era relacionado. Décadas depois, o tradicional samba que acontece às quintas-feiras no Campus da Praia Vermelha, promovido por alunos, vem encontrando entraves e complicações para a sua realização.
“Na arte a bravura
Teatro, tropicália e cinema
A independência da cultura
Folia sem repressão (...)
Em nota oficial, no site da UFRJ, foi colocada a seguinte questão em detrimento das ordens que vem ocorrido para o pedido do fim do samba: “Todos reclamaram das festas que estão ocorrendo na rua em frente ao DCE e no Sujinho. O Prefeito informou que a ALMA [Associação de Moradores da Lauro Müller e Adjacências] também formalizou a reclamação e que o assunto é muito mais de fazer todos os esforços para que os alunos entendam que os grandes prejudicados são os alunos que a noite não consegue participar das atividades acadêmicas. É uma situação muito mais de convencimento do que policial ou de medidas disciplinares. Ficou o entendimento que os estudantes serão chamados para que tomem ciência da repercussão”.
Ocorre, porém, que depois que os alunos que promovem o samba tomaram conhecimento da reclamação da Associação dos Moradores da Lauro Müller [Rua próxima ao Sujinho, onde ocorre a Juquinhada], logo entraram em contato, e, após a troca de emails, ficou estabelecido que medidas seriam tomadas para que respeitassem a reclamação dos moradores. Com isso, todo o esquema de som foi repensado de tal forma que os moradores não mais criticam os eventos.
Em relação aos “alunos que a noite não conseguem participar das atividades acadêmicas”, o movimento estudantil que organiza tais eventos culturais passou a realizar o samba no DCE apenas após as 22h, horário em que não mais há aulas, bibliotecas abertas ou atividades acadêmicas. Segundo, um dos organizadores do samba, Luciano Alencar, membro do DCE, os alunos não só não reclamam como são os que mais participam, assim como ex- estudantes que freqüentavam aquele Campus ou muitas vezes alunos de outras faculdades, sobretudo da UNIRIO (que é bem próxima).
“Ser sambista é crer, que existe uma solução” (Arlindo Cruz)
Por tais razões, a organização que é promovida pelos alunos do Diretório Central dos Estudantes, não concordam que os portões da faculdade fechem para entrada às 22h e reivindicam que estes fiquem abertos entre 22h e 2h às quintas-feiras. Com isso alguns alunos, acabam por pular os portões, por vezes se machucando - como no samba do dia 18/11, quando um freqüentador quebrou o pé ao tentar pular o muro. Por isso quando há um bom diálogo entre a Prefeitura da Universidade e o DCE, o resultado é melhor para todos, uma vez que os organizadores cumprem com as exigências colocadas pela instituição e alunos ficam contentes pelas medidas. Todos saem ganhando. Como foi no caso do dia 3 de dezembro, quando houve uma homenagem ao “Dia Nacional do Samba” (dia 2/12) em que as Pró- Reitoria de Pessoal (PR-4) e a de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) e a Superintendência Geral de Administração e Finanças (SG-6) da UFRJ promoverão um evento especial com grandes shows que ocorreram na Cidade Universitária. Nesse dia, a UFRJ abriu espaço para o DCE cuidar do bar, com isso arrecadarão fundos para o Diretório.
Outro argumento que a instituição usa é a respeito da venda de bebidas alcoólicas, que seria proibida no Campus. A medida ainda foi reiterada no primeiro semestre de 2009, após confusão envolvendo um calouro da faculdade em um evento, em que a bebida ficou como a principal vilã. Além de ser questionável o papel da bebida na história de confusões, o que os alunos pedem para que a diretoria discuta é a liberação do consumo para eventos que promovem a confraternização, sobretudo quando não está em horário de atividades acadêmicas. “Quando é para a cerimônia de lançamento de livro de professores ou posse de decanos, ou nesses tipos de eventos, a bebida é liberada. Por que não poderia ocorrer em um evento como o samba? Ele é um espaço de confraternização de estudantes e manifestação cultural!”, protesta Luciano Alencar, estudante de Economia da UFRJ.
O dinheiro que arrecadam com a venda das “juquinhas” é revertido inteiramente para a melhora do evento, seja para pagar os seguranças, banheiro químico (de forma que alunos não façam xixi no campus, ato que também é reprimido pelos seguranças), trabalhadores da limpeza (pagam a mais para os que ficam no dia do samba), equipamento de som e um cachê decente para a banda. “Não é desorganizado o evento. Há toda uma preocupação com a questão social, como a renda gerada para os trabalhadores que ajudam no samba, a renda gerada para os Centros Acadêmicos, além da confraternização com a galera. Ainda por cima abrimos espaços para os gênios do samba, como Nelson Sargento e Monarco, bem como para jovens músicos, principalmente universitários, exporem seu talento”, coloca Luciano Alencar.
“Velho amigo e companheiro
Alegria dos nossos terreiros
Há muitos anos atrás
É este o mesmo samba verdadeiro” (Monarco)
A questão de abrir espaço para as novas bandas é de suma importância e não é de hoje. O Teatro de Arena, localizado no Instituto de Economia no Campus da Praia Vermelha, foi palco de grandes eventos artísticos, em que estudantes assistiam a grandes nomes (ou muitas vezes aqueles que ainda seriam os grandes nomes) da cultura brasileira.
Caetano Veloso já cantou para centenas de alunos em manifestação contra a ditadura militar. Foi naquele palco, que João Gilberto lançou seu consagrado LP “Chega de Saudades”, entre outras várias histórias que o local guarda. Esse histórico espaço, há anos não é liberado para alunos realizarem eventos e quando o fazem, ainda que sem permissão, algumas vezes não é bem visto ou é reprimido. “O estranho é que quando foi para lançamento da Revista Versus, usaram o local, ou desfile da marca DASPU, a UFRJ abre espaço, agora quando é algo para os alunos, complicam e muitas vezes não conseguem autorização. O que não pode é um peso e duas medidas”, pondera um estudante.
De forma a contestar pelo direito ao uso do espaço do Teatro de Arena, os estudantes, embora sem autorização, organizaram duas recentes homenagens a grandes nomes da música brasileira realizadas com sucesso. Uma delas a Adoniran Barbosa, em que o grupo “Ih, É Carnaval” - grupo que se originou no IE, Instituto de Economia, da UFRJ e vem crescendo cada vez mais – tocou as principais músicas do autor de “Saudosa Maloca”. Além da apresentação de poemas com Bruno Borja e o grafiteiro Binho desenhou a imagem de Adoniran em uma tela que se encontra no DCE.
Já em de junho de 2010, cinqüenta anos depois de ter sido palco do primeiro festival de Bossa Nova, a "Noite do Amor, do Sorriso e da Flor", o Teatro de Arena recebeu o evento Noel 100 - Homenagem ao centenário de nascimento de Noel Rosa. O evento, organizado pelos Centros Acadêmicos de Economia (CASA), de Comunicação (CAECO) e pelo DCE-UFRJ, foi palco de uma belíssima homenagem onde professores, funcionários, alunos e pessoas de fora da UFRJ se integraram de forma prazerosa por intermédio da cultura. Na ocasião, a banda Zerinho ou Um, formada por estudantes de biologia da UFRJ e de música na UNIRIO, relembrou, em um emocionante show, grandes sucesso desse que foi um dos maiores compositores do cenário brasileiro. “É uma nova geração, resgatando velhos nomes”, coloca Luciano Alencar.
Para a reinauguração do DCE, o samba recebeu Nelson Sargento, Wilson Moreira e o Walter Alfaiate. No final de setembro graças a arrecadações das “juquinhas”, somado a um pouco do dinheiro que o DCE e do Centro Acadêmico de Economia tinham em caixa, foi possivel trazer para o samba a Velha Guarda da Portela. Com grandes sucessos, Monarco mobilizou centenas de estudantes a cantarem músicas do passado, mas que fazem sucesso até os dias atuais. O cantor declarou: “Olha eu gosto de tocar pra quem gosta de me ouvir”, elogiando a participação dos estudantes.
“Foi aí que o samba evoluiu
Como representante maior
Da cultura do Brasil” (Monarco)
É por grandes eventos como esses que os estudantes ainda resistem e lutam pela melhora do samba. O DCE levantou uma petição que consta com quase 200 assinaturas, nomeada com o verso de Nelson Sargento, “Samba, Agoniza, mas não morre”, para sensibilizar a Prefeitura da Universidade a autorizar a abertura dos portões de 22h às 2 às quintas-feiras, os eventos no Teatro de Arena, e na tentativa que estimulem eventos como esses de cultura, confraternização e integração de estudantes (tanto do Campus quanto de outras faculdades), professores e funcionários.
O trânsito no Rio de Janeiro parece cada dia mais intenso. A possibilidade de adquirir carros, decorrente do aumento do poder de compra é celebrada pela população e representa, em nossa cultura, a melhoria de qualidade de vida. O crescimento desordenado da frota de veículos e o conseqüente aumento da emissão de gases poluentes emitidos, no entanto, prejudicam o meio ambiente, aumentando o efeito estufa e a poluição do ar, elevando os riscos de desenvolvimento de doenças respiratórias. Segundo cientistas, a concentração de gás carbônico na atmosfera alcançou níveis nunca vistos em 420 mil anos, e essa situação vai perdurar por 200 anos. Isso sem contar o trânsito, que piora cada dia mais e deixa os cariocas mais estressados, precisando de um tempo maior para chegar a seu destino, e vivendo em meio ao risco do iminente colapso na circulação viária.
Segundo uma matéria publicada na última segunda-feira pelo site G1, foram produzidos 3,36 milhões de veículos no Brasil de janeiro a novembro. Em comparação com o mesmo intervalo do ano passado, que registrou o total de 2,93 milhões de unidades, o acumulado fecha com alta de 14,6%. O volume registrado nos 11 meses de 2010 já supera todo o ano de 2009, que havia fechado com 3,18 milhões, e o ano recorde de 2008, que tinha registrou 3,21 milhões de unidades.
A situação é séria, mas grande parte da população não se dá conta, seja por falta de informação ou de conscientização. A disciplina relativa ao meio-ambiente, que deveria ter obrigatoriedade instituída nos ensinos médio e fundamental, nem mesmo está na grade no curso de Jornalismo da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. A falta de investimento em transportes públicos também reduz as opções de locomoção dos cariocas, que precisam enfrentar ônibus e trens lotados. O metrô do Rio conta atualmente com 47 km de trilhos distribuídos em duas linhas e 35 estações, o que representa muito pouco quando comparado a cidades como Londres, Madri e Buenos Aires. O metrô de Londres, por exemplo, é o mais antigo e extenso do mundo, contando com aproximadamente 400 km de trilhos distribuídos em 11 linhas e surpreendentes 268 estações.
No contra-fluxo, duas novidades foram anunciadas na última sexta-feira (03/12). As novas medidas tomadas pelo Banco Central para conter o crédito terão impacto maior nos financiamentos de veículos sem entrada e de longo prazo concedidos a partir desta segunda-feira (6/12), e devem afetar o consumo de veículos e a indústria automobilística. Nos financiamentos de 24 a 36 meses, o consumidor terá de pagar pelo menos 20% da entrada para não cair na restrição. Se a venda tiver prazo de 36 a 48 meses, a entrada mínima será de 30%. De 48 a 60 meses, a proporção aumenta para 60%. Para empréstimos de mais de 60 meses, a restrição será aplicada independentemente da entrada.
A segunda novidade é o incentivo da Prefeitura do Rio de Janeiro ao uso do ônibus com tecnologias limpas, capazes de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em mais de 30%. Na última segunda-feira começou a testar um ônibus híbrido elétrico da montadora sueca Volvo, que circula pela Zona Sul e Centro na linha 172 (Rodoviária-Leblon). No mesmo dia foi assinado um convênio de cooperação técnica entre Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) e a Fetranspor, para que práticas sustentáveis sejam incentivadas no setor transportes.
Por mais lugar comum que pareça, o futebol é realmente difícil de entender. A maneira aparentemente irracional que leva os torcedores a agirem é, na verdade, pura razão passional, que só quem sente pode compreender. Aqueles que não se envolvem muito com o esporte bretão costumam fazer maus julgamentos daqueles loucos que dormem na fila por ingressos e que choram de alegria ou tristeza depois de uma partida de 90 minutos.
No último domingo foi assim. O Fluminense, que não ganhava o Campeonato Brasileiro desde 1984, venceu o Guarani por um a zero, levando a torcida a um estado de êxtase que nem o temporal conseguiu abalar. Muitos jovens tricolores que estavam no Estádio João Havelange – o Engenhão – nesse dia, haviam passado por momentos inesquecíveis antes de ver, pela primeira vez, o Fluminense ser campeão brasileiro.
Em 1995, o atacante Renato Gaúcho fez o gol de barriga que deu o título do Campeonato Carioca ao time, vencendo o favorito Flamengo. A partir daquele ano, no entanto, veio a prova de fogo de qualquer tricolor, quando o time atravessou seu momento mais nebuloso, tendo chegado a ser rebaixado para a terceira divisão do futebol brasileiro, em 1998. Nesse momento, muitos abandonaram as três cores que traduzem tradição, o que é, de certa forma, compreensível. Para continuar, era necessário que o amor pelo Tricolor estivesse consolidado.
Na última década, o time se reergueu, mas não foi sem perdas: a torcida diminuiu, e os que sobreviveram guardariam aquela dor por muito tempo. O lado positivo foi a força que esse desastre trouxe aos remanescentes, pois apenas o amor incondicional ao time pôde fazer com que a torcida lotasse o Maracanã nos jogos da Série C. Esse amor merecia recompensa, e ela veio alguns anos depois.
O primeiro passo foi discreto, porém emocionante. Gol de nuca do zagueiro Antônio Carlos no último minuto e o Fluminense sagrou-se campeão carioca de 2005. Dois anos depois, o tricolor levaria o título de Campeão da Copa do Brasil, que garantia que no ano seguinte estaria na disputa da Copa Libertadores da América.
Na Libertadores de 2008, cada jogo foi especial. A cada partida, uma festa diferente e mais bonita da torcida, sempre lotando o “Maior do Mundo”. Cânticos apaixonados levaram o time à final do torneiro sul-americano. Porém, os que estavam lá viram o que seria um dia especial se transformar em tristeza. Uma oportunidade dessas, no maior torneiro do continente, não retornaria tão cedo.
A torcida sentiu, mas dessa vez não se abatera tanto. O amor pelo Tricolor estava mais forte, mais consolidado. Assim seguiram juntos, chegando a 2009, quando o sofrimento dos apaixonados parecia não ter fim: mais uma vez, o Fluminense se encaminhava para a desgraça, e novamente era ridicularizado pelos adversários.
Mas dessa vez havia algo de diferente: os torcedores apaixonados não queriam aquela dor mais uma vez. Transformaram-se, então, em guerreiros, e aos gritos de incentivos transformaram aquele grupo de jogadores desacreditados em guerreiros também. Torcida e Jogadores eram um só, bravos que não se entregavam até o ultimo minuto.
O Fluminense seguiu batendo todos seus oponentes no Campeonato Brasileiro, e encontrou ao mesmo tempo a Copa Sul-Americana, um torneio menos importante que a Libertadores, mas que então parecia o combustível necessário para os guerreiros. Em uma semana o Fluminense, de outrora membro certo da série B do ano seguinte, agora estava a uma partida de se sagrar campeão da Sul-Americana e de se livrar do rebaixamento iminente.
E assim veio mais uma derrota: Sul-Americana perdida no Maracanã – por ironia do destino, pela LDU do Equador, mesmo adversário que vencera o tricolor na Libertadores, em 2008. A situação ainda poderia piorar, pois alguns dias depois aconteceria a última partida do Brasileiro, que definiria o descenso.
E o que ninguém acreditaria que fosse possível aconteceu. O resultado final assegurou ao Fluminense a permanência na primeira divisão, consagrando uma das mais belas reações já vistas no futebol, visto que o time chegou a ter calculado pelos estatísticos 98,3% de possibilidades de cair, não podendo perder e tendo que ganhar a maioria dos últimos 11 jogos do campeonato para se salvar, e isso aconteceu em campo.
Aquele time passou a ser conhecido como Time de Guerreiros, em todo o território nacional, após se livrar do rebaixamento. Para um clube como o Fluminense, escapar da degola não é mais que obrigação, mas devido às circunstâncias, aquela fuga foi comemorada como um título.
A tragédia se transformou em um épico. Com poucas mudanças, os Guerreiros do time e da torcida seguiram para 2010 visando um futuro mais promissor. No final do ano em questão, o Fluminense se fazia presente, prestes a entrar em campo na partida que determinaria se ele seria campeão brasileiro. Quem diria que o time que quase havia sido rebaixado estaria no ano seguinte brigando pelo título que não chegava há 26 anos?
Na final do último domingo, a torcida de Guerreiros lotou o Engenhão, após muitas horas em intermináveis filas. Cada um ali tinha, provavelmente, uma historia de dificuldade para conseguir seu ingresso. Eram muitas crianças e jovens, e para eles seria o primeiro titulo de campeão brasileiro visto em vida.
O jogo começou e os 40 mil Guerreiros da Arquibancada faziam novamente uma festa surpreendente. Os Guerreiros do Campo se matavam por cada dividida, honrando a camisa tricolor. Era necessário apenas uma simples vitória, e ela teimava em não aparecer.
As chances de gol não apareciam, e a torcida ficava cada vez mais apreensiva. O primeiro tempo acabou, e a torcida aplaudiu o time, mesmo não tendo jogado bem. Era normal, os jogadores estavam nervosos, e era muita responsabilidade e esperança depositada nos ombros de 11 homens. Foi então que todos os sentimentos deixaram lugar para um só, aos 16 minutos do segundo tempo: era o gol do título, o gol da redenção. É nesse instante que todo sacrifício do futebol vale pena. O abraço coletivo e os apertos de mão emocionados tornam qualquer esforço para estar ali válido.
Até o apito final, a esperança tomou lugar do medo e era quem caminhava junto da ansiedade, tão grande que não esperou até o último minuto. Os gritos de campeão já ecoavam antes mesmo do fim, e se tornaram uníssonos quando o juiz decretou o fim da partida.
Para a torcida no futebol, descrever o sentimento se torna impossível. Uma grande bandeira no Engenhão dizia: ”Somente o que sentimos justifica o que fazemos”, e isso representa cada Guerreiro que esteve do lado do Fluminense, seja em qual momento tenha sido.
No dia seguinte o Rio amanheceu pintado de três cores, e cada tricolor sentiu-se mais digno e mais recompensado. O hino do clube diz: ”Vence o Fluminense com o verde da esperança, pois quem espera sempre alcança”. De fato, a espera foi longa e semeada com dor, mas, mesmo assim, cada tricolor sente que o tempo foi necessário e tornou o sabor da vitória melhor.