quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aplicativos em Redes Sociais

Conversei através do Gtalk com Cynthia Nunes, freelancer formada em design e especialista em redes sociais. Cynthia realiza consultoria para diversas empresas em projetos para mídias digitais, como aplicativos para Orkut, Twitter e Facebook.

Veja os high-lights do nosso papo:

Lidiane Queiroz: Atualmente, em que mídia os anunciantes estão investindo mais?

Cynthia Nunes: As verbas para TV, mídia impressa, rádio e revistas estão sendo cada vez mais reduzidas. No ano passado os investimentos em publicidade online aumentaram cerca de 40% e desses 40%, quase a metade foi investida em mídias sociais. Ou seja, este é um mercado em expansão - eu que o diga!rs - e parece ser bem promissor.

L. Q. O que leva anunciantes a colocarem sua marca em redes sociais?

C. N. Olha, cada empresa busca coisas diferentes ao traçar um projeto de comunicação via aplicativo de redes sociais. Os mais comuns são o estreitamento da comunicação com os clientes, o desejo de associar a marca a um determinado universo, permitir que os consumidores auxiliem no desenvolvimento dos produtos... Além disso, muitos estudos de núcleos de pesquisa mostram que investir em redes sociais ajuda as empresas a crescer. Segundo um pesquisador da área: "Estar presente nas mídias sociais já não é mais um diferencial de uma empresa, já é quase uma obrigação. Seus clientes estão lá e seus concorrentes também".


L.Q. Por que é tão importante atingir os consumidores de internet?

C. N. Basicamente por causa do poder de alcance das pessoas quando elas estão conectadas. Enquanto uma pessoa atinge cerca de 11 no mundo real, na web essa mesma pessoa pode chegar a atingir 200% mais!

L.Q. Qual é a rede social mais usada no mundo? E pelos brasileiros?

C. N. O Facebook é a rede social mais usada no mundo. Já no Brasil, a "menina dos olhos" é o Orkut.

L.Q. Então essas são as melhores redes sociais para divulgar uma marca?

C. N. Eu diria que além do Facebook e do Orkut, o Twitter é um bom espaço para a criação de aplicativos de marketing.

Cada um tem os seus pontos positivos. O Twitter registra um constante crescimento no número de usuários e, além disso, é uma boa ferramenta para dar notícias sobre a empresa, fazer promoções, anunciar lançamentos... Já o Facebook tem mais de 200 milhões de usuários e sua própria arquitetura facilita a inserção de jogos e aplicaticos, uma vez que os usuários já estão familiarizados. O Orkut, além de ser uma verdadeira febre no Brasil, também tem feito sucesso com os aplicativos lançados e é um ambiente que tem uma cara mais descontraída e despretenciosa que, se explorada com inteligência, pode se tornar o ambiente ideal para o relacionamento empresa-consumidor.


LQ. O que são aplicativos para redes sociais?

Aplicativos são programas simples que tem como objetivo executar tarefas práticas e rápidas e, normalmente, apresentam uma interface amigável. No caso das redes sociais, os aplicativos funcionam como uma extensão do seu produto no site, ou seja: uma funcionalidade que permite que o usuário execute tarefas, jogue etc, imerso no universo da sua empresa.

L.Q. O mercado de aplicativos é movimentado?

C. N. Sim, e essa movimentação vem crescendo cada vez mais. Em 2009, os aplicativos do Facebook movimentaram mais de meio milhão de dólares!


LQ. Você pode dar um dica para pessoas que desejam criar utilizar aplicativos como forma de marketing?

C.N. Claro! Ai vai: crie aplicativos para um público-alvo bem definido; interaja com o consumidor através das redes; produza conteúdo; crie aplicativos que sejam fáceis de usar; permita que o consumidor contribua com a aplicação; permita que ele customize o aplicativo; rankings fazem sucesso; faça um aplicativo "bonito", informativo e divertido.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Site da CBN terá conteúdo para deficientes auditivos

No dia 9 de julho, a CBN dará início ao projeto Rádio em Libras, criado a partir de parceria com a ONG Vez da Voz. A emissora vai disponibilizar parte de seu conteúdo em Libras, a linguagem brasileira de sinais, tornando-se acessível aos cerca de seis milhões de brasileiros com deficiência auditiva.

"Esta ação é inédita no Brasil porque uma mídia que só era útil aos ouvintes, agora também passa a ser acessível aos surdos, por meio da Internet", afirma Cláudia Cotes, presidente da Vez da Voz.

Na primeira fase do projeto, o site da CBN vai receber, além de conteúdos recentes já traduzidos pelos intérpretes de Libras da ONG, o boletim "Cidade Inclusiva", apresentado por Cid Torquato. A parceria prevê ainda a criação de noticiários especiais com informações sobre política, economia, meio-ambiente, ciência, cultura e esportes.

Mix leitor-d: O e-reader 100% nacional


Depois do Kindle e do Sony E-Reader é a vez do Brasil entrar no mercado dos e-readers. A empresa pernambucana Mix Tecnologia, em parceria com a Carpe Diem Edições e Produções lançarão em julho deste ano o primeiro leitor de e-book com tecnologia 100% nacional e patente requerida no seguimento de e-readers: o Mix Leitor-d. A previsão de preços está entre R$650 e R$1,1 mil, dependendo do modelo. O Básico, com capacidade de 1 GB, será suficiente para 500 livros, enquanto o Premium, com 4GB, pode armazenar até 1,5 mil livros.

O equipamento mede 10 cm X 15 cm e possui uma tela de seis polegadas. Para os amantes de literatura, a interface promete ser simples e diferenciada: a tela possui tecnologia E-Link, que não encandeia o leitor, tornando a leitura confortável mesmo sob um sol causticante. Outro benefício é o gasto de bateria apenas na troca de páginas, tendo o leitor capacidade de mudar até 8 mil páginas sem descarregar.

O foco do produto é a plataforma educacional. O Mix leitor-d possui a ferramenta interatica Interquiz (IQ) e o Wi-AA (administração acadêmica sem fio) que permite ao aparelho ser integrado a uma rede administrativa e ao aluno acessar informações sobre a instituição como notas, boletins, horário das aulas e provas. Ele possui outros benefícios escolares, como tradutor, dicionário, marcador de texto e de página, além da economia de papel, no material didático e no peso nas mochilas dos estudantes. Diego Mello, gerente do projeto nos dá mais detalhes sobre o produto.

Que tipos de conteúdo eu posso ler no Mix leitor-d?

Diego Mello: Livros, revistas, jornais, blogs, sites e arquivos em PDF, TXT e Word, entre outros. Contudo, ao invés de restringir o acesso a uma única loja virtual, como faz o Kindle, da Amazon, o usuário poderá se conectar as páginas que quiser. O objetivo é fornecer a maior quantidade de conteúdo para o público brasileiro, que poderá fazer a aquisição diretamente nos sites visitados. Com nosso produto, o leitor vai ter tudo que for de domínio público na internet. O aparelho também reproduz arquivos de áudio em MP3 e imagens JPG, GIF, PNG e BMP.

Como o e-reader brasileiro lançado pela Mix Tecnologia se difere dos demais já a venda no mercado internacional?

DM: Queremos transformar nosso produto em uma ferramenta de democratização da informação e do conhecimento. O seu diferencial é uma ferramenta chamada Interquiz (IQ). Ela pode ser acionada com um botão e, no estilo quiz, faz perguntas aos usuários sobre o conteúdo disponibilizado na tela. Isso abre uma perspectiva interessante do seu uso como livro didático. Numa sala de aula, o aluno pode estar lendo sobre História do Brasil e no mesmo momento optar por responder questões e ter comentários sobre o tema ou o professor de um cursinho poderá usar o leitor para passar exercícios.

O Senhor considera que o preço é compatível com a sua implementação nas redes de ensino?

DM: Talvez estejam caros quando pensamos que é possível encontrar um notebook por R$1,4mil, mas esses portáteis são menos apropriados para a leitura e cansam a vista. Além disso, se pensarmos no preço de um livro e no fato de que o Brasil é um dos países que mais compram livros didáticos, o eletrônico pode não ser tão caro. Um livro custa em média R$50 no Brasil, mas um título técnico, de medicina, pode chegar a R$800. É claro que isso hoje parece longe da realidade, mas se pensarmos na indústria do celular que há 15 anos estava engatinhando, não é tão distante.

Para mais informações assista ao vídeo da apresentação de Diego Mello e Murilo Marinho no seminário Educação para o Empreendedorismo Tecnológico realizado pelo Jornal do Brasil no dia 25 de fevereiro.

Os livros eletrônicos são uma tendência sem volta e em curva ascendente. Resta agora esperar para ver se a revolução eletrônica literária conquistará definitivamento o público brasileiro.


Reconhecimento facial no Facebook

O Facebook anunciou esta semana que seus usuários poderão taggear suas fotos através de reconhecimento facial. A ferramenta já existe há pelo menos um ano no Orkut e vem para preencher uma lacuna da rede social, já que o reconhecimento facial é uma função essencial em álbuns de fotos on-line.

As tags do Facebook vêm na esteira da ampliação de negócios do site. Em abril Mark Zuckeberg comprou uma rede social de fotografias, a startup Divvyshot, e três meses depois anunciou a primeira medida para atrair os usuários do Divvyshot, que tiveram que migrar para o Facebook. Como no site do Google, o reconhecimento de fotos do Facebook apenas reconhece os rostos, mas não a quem pertencem.

Festival de música já utilizou tags no Facebook
O Glastonbury, festival que ocorreu numa fazenda do Vale de Avalon, Inglaterra, em junho tirou uma GigaPan da plateia e montou o GlastoTag, um hot site para que as pessoas pudessem se marcar com seu perfil na rede social. O sistema funciona através do Facebook Connect, onde o usuário autoriza que o site acesse suas informações pessoais e então ele pode marcar a si mesmo ou a seus amigos na foto panorâmica.

Entrevista com Giselle Bieguelman

Na entrevista, a artista e pesquisadora Giselle Bieguelman fala sobre novos projetos e a relação das artes e as tecnologias digitais. A entrevista foi concedida em um encontro no Fórum de Ciência e Cultura organizado pelo PACC (Programa Avançado de Cultura Contemporânea). O assunto principal da palestra foi a utilização dos QR-Codes, imagens codificadas (como códigos de barras, mas com muito mais capacidade de informação) que podem ser interpretadas por câmeras (de celulares, por exemplo) para revelar informações textuais.


Artista multimídia e curadora, é professora dos programas de pós-graduação em Comunicação e Semiótica e Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC de São Paulo. Diretora Artística do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia desde 2008, foi curadora do Nokia Trends em 2007 e 2008 e é autora de diversos projetos premiados concebidos para Internet e mediados por celulares.

Tem experiência na área de Comunicação e Artes, com ênfase em processos de criação com mídias, atuando principalmente nos seguintes temas e áreas: cibercultura, arte digital, internet, mobilidade e design de interface. Desenvolve projetos para web desde 1994 e envolvendo dispositivos de comunicação móvel desde 2001, quando criou Wop Art , elogiado pela imprensa nacional e internacional, incluindo The Guardian (Inglaterra) e Neural (Itália), e arte que envolve o acesso público a painéis eletrônicos via Internet, SMS e MMS, como Leste o Leste?, egoscópio (2002) , resenhado pelo New York Times, Poétrica (2003) e esc for escape (2004).

É editora da seção novo mundo da revista eletrônica Trópico, colaboradora da Leonardo Electronic Almanac e Iowa Web Review e Cybertext.

Coordena, com o Prof. Dr. Marcus Bastos, o Grupo de Pesquisas "net art: perspectivas criativas e críticas", cujo portal pode ser acessado em http://netart.incubadora.fapesp.br/portal. Site: http://www.desvirtual.com/

Vejam também uma reportagem que mostra uma obra de arte que utiliza a tecnologia QR-Code.


Se quiser gerar seu próprio QR-Code, é só acessar o link abaixo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Para além do espaço real: a cibercultura

Um mundo que não se configura mais pela comunicação "um-um",mas sim pela de muitos para muitos. Resumidamente este é o panorama desenhado pela cibercultura, que em rede mundial possibilita que grupos se reúnam usando aplicativos como murais de mensagem, listas de discussão ou salas de bate-papo. Pensar no ciberespaço, é conceber um lugar que mesmo fragmentado em seus nichos consegue ser centralizado em seus variados pólos de conhecimento ou de inteligência coletiva, como o teórico francês Pierre Lévy conceitua nesse dilúvio dados.

O ciberespaço é o local para a nova comunicação, que sufocada pelas mídias tradicionais e de massa necessita de um escape para veicular novas ideias e explorar as potencialidades desse conceito que cresce gradativamente. É fato, que seu surgimento causa um estranhamento e até mesmo uma repulsa, visto que é uma nova proposta no estabelecimento da comunicação. Porém, uma ressalva deve ser feita, pois toda quebra de paradigma, do surgimento do cinema ou do jornal, causaram similar impacto na sociedade. E o que vemos hoje? Essas mídias devidamente incorporadas no cotidiano em suas adequadas proporções.

O progresso das tecnologias digitais e o crescimento exponencial das redes colocam a sociedade em um caminho irreversível: práticas, atitudes, pensamento e modos de ver o mundo estão cada vez mais por este novo espaço de comunicação que gera essa interligação e promove o processo "de muitos para muitos". Mais do que isso, a cibercultura solicita a presença do usuário e não meramente a do indivíduo. Uma atitude colaborativa é o motor desse nascente local, em que a participação é mote do progresso.

Observar essa participação é algo relevantes, pois blogs, wikis, redes sociais são a provas vivas de que cada um de nós é um ator social desse meio virtual, que causa cada vez mais impactos no mundo real. Consequentemente as mídias tradicionais, em geral vinculadas a realidade, convergem de modo a processar uma comunicação realmente democrática, tanto no acesso quanto na regulação.

Com isso, pensar em cibercultura é provocar um pensamento de ruptura que causa uma descentralização profícua aos meios de comunicação e que marca cronologicamente uma nova era no que diz respeito ao encarar com outro pensamento tudo que surge nas cadeias da informação e que segundo o professor da Escola de Comunicação, Marcio Amaral é uma experiência de habitação do humano para além do real em dimensão da troca voraz de troca de informações e capacidade invenção grande, sendo a Internet uma rede iluminista neste mundo pós-moderno.


(entrevista realizada em exploração dos conceitos de cibercultura.
Sugestão: volume máximo)

A morte da internet

A internet estarias prestes a fracassar? é isso que acredita Douglas Rushkoff,escritor e professor de estudos de mídia da Universidade New School nos EUA, que gentilmente cedeu essa entrevista via e-mail para acabar com as nossas dúvidas sobre a WEB.

Para ele a relação entre as pessoas e a rede é hoje sinônimo de uma única palavra: mudança. "No início quando a tecnologia era mais rudimentar e ainda havia uma certa aura de conhecimento envolvendo a então nova invenção, estar online significava o início de uma fascinante jornada de investigação. Agora, as pessoas encontram tudo o que querem em poucos segundos", contou.

A consequência disso seria que os internautas passaram a se contentar com rápidas e simples respostas, que ficam no meio do caminho entre a questão e a investigação. "Não que a internet fosse mudar as pessoas, mas ela poderia ser uma ferramenta para as pessoas mudarem o mundo.", disse o escritor.

Para Rushkoff, é importante considerar o estímulo positivo que ela teve ao fomentar grandes discussões, sem é claro, ignorar que hoje ela se distancia de um caminho alternativo que poderia ajudar a formar um mundo melhor. Através da internet continuamos a fazer as mesmas velhas compras e negócios, sem que isso nos dê o mínimo para promover transformações realmente fundamentais.

Mas não é hora de perder as esperanças. O professor acredita que para que a internet possa desenvolver novos valores e relações humanas é preciso que as pessoas utilizem interfaces mais complexas e diferentes dos facebooks e twitters de hoje.

"As pessoas teriam que entender algo essencial: que os diferentes ambientes virtuais que elas hoje habitam são programados por pessoas e grandes empresas na tentativa de nos encorajar a pensar da maneiras como elas querem.", explicou.

Na teoria, a proposta é boa. A prática é mais complexa. A verdade é que ainda estamos muito longe de formar um exército de programadores.Rushkoff concorda.Vamos torcer por melhoras.

Alunos da ECO propõem aplicativo para Smatphones

Seezzle.
Já ouviu falar dele? Aposto que não. Esse é o mais novo aplicativo criado pelos alunos do Laboratório de Web Comunicação, idealizado pela professora Cristina Rego Monteiro e ministrado por Jonas Póvoa, João Paulo Nogueira, Diogo Carraresi e Alexandre Leite.

A ideia principal do Seezzle é ser uma rede social colaborativa que funcionará como um localizador de celebridades, em que os usuários postam onde a celebridade está, reduzindo assim, a distância entre fãs e ídolos. O modelo segue um padrão da web hoje, com usuários cadastrados com login e senha, perfis online e até medição da confiabilidade do usuário, para que assim, se possa medir o nível de veracidade da informação postada.

"A ideia surgiu a partir da identificação de uma deficiência no 4 Square, uma ferramenta em que as pessoas informam onde estão, com isso pensamos em elaborar algo que pudesse ser de interesse social, surgiu então o Seezzle", disse Igor de Matos, um dos idealizadores do projeto. Para ele, o Seezzle já está prestes a entrar no mercado:

"Precisamos de um programador e de pessoas que façam a parte técnológica, porque na idealização do projeto e nos processos comunicacionais já estamos trabalhando".

O Seezzle vem como uma ferramenta que possibilitará que todos os usuários sejam paparazzi e também dará muita ênfase às celebridades instantâneas, fazendo os seus 15 minutos de fama.

Sobre o espaço gerado pelo laboratório para a criação, Igor afirmou: "O que mais me chamou atenção foi a possibilidade de criarmos um projeto dentro da própria universidade, foi a primeira que me deparei com uma abertura assim".

A professora responsável pelo projeto, Cristina Rego Monteiro está muito feliz com o resultado do laboratório: "Para os alunos é muito bom ter esse espaço de criação, todos os projetos apresentados são muitos bons, mas o Seezzle está pronto, só falta inseri-lo no mercado. Um dos pontos que destaquei para os alunos e que penso em aprimorar para o próximo período é que eles devem criar ferramentas a partir de si próprios e não de um modelo que já exista em seu campo de conhecimento", completou a professora.

Alunos que assistiram a apresentação do projeto estão animados com os resultados gerados: "Queria ter participado desse laboratório. Olha como é interessante o que eles criaram. Com certeza o Seezzle vai emplacar e será muito conhecido", destacou a aluna de Comunicação Social da UFRJ, Hanna Carvalho.

Eleições para presidente

Enquanto a candidata do governo faz parcerias com as organoizações Globo, a oposição faz campanha política antes do permitido pelo TSE.

A viúva de Roberto Marinho, Lili Marinho, organiza um almoço para Dilma Rousseff (PT) para discutir estratégias da campanha da candidata petista. A proposta é saber como Dilma vai "controlar" os radicais do Partido dos Trabalhadores.

De outro lado, o vice-canditato a presidência pelo PSDB, o deputado Índia da Costa (DEM-RJ), publicou em seu twitter uma resposta a um leitor pedindo votos para Serra: "Conto com seu apoio e com seu voto. Serra presidente. O Brasil pode mais".


De acordo com a Justiça Eleitoral, as propagandas políticas somente serão permitidas após dia 06 de julho, amanhã.

"Cortei o intermediário"


"Um filme para se ver muitas vezes". O mote de lançamento de Onde andará Dulce Veiga, de Guilherme de Almeida Prado, poderia involuntariamente guardar um amargo tom irônico. Lançado em 2007 pela Califórnia Filmes, a produção adaptada do livro homônimo de Caio Fernando Abreu rodou o país com apenas duas cópias e sequer foi lançado em DVD. Descontente com a distribuidora, Prado pôs fim a seu imbróglio. Há três meses, Onde andará Dulce Veiga está disponível em diversos programas de compartilhamento de dados, no Megaupload e até no Youtube. Algo que ele, curiosamente, incentiva.

Em Onde andará Dulce Veiga, Carolina Dieckman encarna uma roqueira lésbica drogada e os garbosos Eriberto Leão e Carmo Della Vechia protagonizam um beijo gay abrasador. Não bastasse, Maitê Proença vive uma diva fadada ao ostracismo, alvo da obsessão de um jornalista. Um elenco global num romance de um dos maiores escritores da década de 80, beneficiado por uma pitada polemista. Nada parece justificar o possível fracasso da produção. "Eu me vi refém da Ancine para distribuir meu filme. Tive que enfrentar uma má vontade absurda por parte da distribuidora", desabafa Prado.

"Para o DVD, havia um plano de lançamento ridículo. Não haveria extras, eu não podia nem mesmo olhar a versão antes de ser lançada", reclama, indignado, o diretor consagrado por filmes como A dama do Cine Shangai (1987) e Perfume de Gardênia (1992). "Diante das opções, desisti do lançamento para jogar o filme na internet. Não iria ganhar nenhum dinheiro mesmo, então cortei o intermediário". Até a versão acessível para o usuário num link único, Prado contou com o auxílio de amigos e fãs, numa verdadeira comunidade colaborativa no Orkut. "Eu não fazia ideia de como colocar meu filme em AVI, por exemplo. Um amigo do Paraná ajudou", conta. "Não entendo nada disso, mas fui levando com a ajuda do pessoal. Só sei que hoje tem até no Youtube", diverte-se.

"Foi uma boa solução, estou muito satisfeito. Quem quiser ver está lá, não tenho que enviar cópia para ninguém... E esse é o futuro do DVD, né? Esse disco de plástico vai acabar", prevê o cineasta. Por essa via, a divulgação volta aos primórdios e se faz no bom e eficiente boca a boca. "Alguns fãs hospedaram em outros links, disponibilizaram em seus blogs. Uma menina me enviou um e-mail falando que só no site dela já tinham mais de 300 acessos", orgulha-se. Nem o lançamento pela internet, entretanto, escapa da pirataria. "Meu DVD foi encontrado no interior de Pernambuco. Um DVD pirata!", brinca.



RioCard testa relógio-passagem


A partir de 2011, os usuários de transportes públicos do Rio de janeiro ganharão uma nova opção para pagar suas passagens: o relógio RioCard. O equipamento, que começa a ser testado agora nos meios de transporte do Rio de Janeiro, vem com um chip semelhante aos dos telefones celulares e poderá ser recarregado, assim como o vale transporte eletrônico pelo site ou nos posto de atendimento da rede.

A previsão é que funcione em ônibus,, trens, metrôs, barcas, vans e metrôs e que o débito seja feito diretamente como acontece nos cartões eletrônicos que funcionam na rede. Espera-se uma implementação em maiores problemas para que haja sua utilização nos dois grande eventos esportivos que o Brasil e o Rio de Janeiro vão sediar nos próximos anos: A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A esperança no projeto é grande. O relógio com chip já fora usado com sucesso como meio de pagamento dos ingressos para o jogo final das Liga dos Campeões entre Manchester United e Barcelona. O projeto foi usado nos transportes públicos de Shangai, na China e nos Estados Unidos também é utilizado como cartão de crédito, o que está sendo discutido como possível ponto de implementação no projeto nacional.

domingo, 4 de julho de 2010

A busca pelo alternativo

Lançado em 2008 pela Editora UFRJ, Comunicação e Contra-hegemonia é um grito em favor de uma mídia menos excludente, construída pelas mãos dos dominados. O livro, organizado por Eduardo Coutinho, professor da Escola de Comunicação, reúne grandes nomes do Brasil e do mundo, que contam experiências em que o alternativo conseguiu transparecer em uma comunicação prioritariamente elitista.


Guiados pelo pensamento de Gramsci, os autores apresentam formas de reagir ao hegemônico, através de diferentes iniciativas de organização. A obra por si só é uma maneira de se colocar contra o que é veiculado pela grande mídia. Nesta entrevista, o autor-organizador Eduardo Coutinho discutiu a importância da tecnologia no movimento contra-hegemônico, explicou o poder da televisão na disseminação de informação e garantiu que é possível lutar contra a visão dominante.

Coutinho é também escritor dos livros Os Cronistas de Momo: imprensa e carnaval na primeira República, Velhas Histórias e Memórias Futuras: o sentido na tradição na obra de Paulinho da Viola e Mídia e Poder: ideologia, discurso e subjetividade.

Heryka Cilaberry: Qual o principal conceito abordado pelo livro?

No livro estão reunidos ensaios que debruçam sobre diferentes processos culturais e comunicacionais chamados aqui de contra-hegemônicos. Ou seja, processos de comunicação que surgem da necessidade da população de construir novas formas de consciência, novas visões de mundo: uma nova hegemonia.

HC: E quais seriam as alternativas para construir essa hegemonia diferente?

A pequena mídia, os movimentos performáticos da juventude, movimentos na periferia que envolvem a utilização da internet, rádios comunitárias. Na verdade, são poucos, mas importantes. Claro que estamos em absoluta desvantagem contra a grande mídia, mas nós podemos falar ainda. Não morremos. As pessoas ainda são capazes de se expressar. Mesmo uma conversa pode ser considerada processo comunicacional contra-hegemônico, uma palestra, uma aula. A internet tem a sua importância hoje na criação de uma cultura alternativa. Claro que ela foi também assimilada pelos donos da mídia, mas existe a possibilidade de falar.

HC: Então, a tecnologia pode ajudar nesse movimento?

Diferentemente da comunicação de massa, em que os senhores da indústria falam para a população que ouve de forma passiva, o que o Muniz Sodré chamou de “monopólio da fala”. Na internet, existe a possibilidade de o indivíduo responder, de formular suas próprias ideias. De dizer não! Não sou um tecnófilo que acredita que a tecnologia sozinha vai resolver o problema da comunicação, mas eu acho que ela pode ser um instrumento. A internet é também um terreno de luta pela cultura.

HC: É exagero repetir a famosa ideia de que a mídia é o quarto poder da atualidade?

Eu acho que a mídia é o instrumento de poder mais efetivo. Não é exagero não. Há duas formas de dominação: a de coerção física, a que se dá através da força, da polícia, do aparato judiciário, e também a que se dá pela busca do consenso do dominado, pela persuasão. Todos os aparelhos tradicionais de hegemonia, escola, sindicato, partido, igreja, associações profissionais, estão enfraquecidos. Hoje, o grande aparelho é a mídia eletrônica. É ela que persuade, anestesia diariamente as massas, possibilitando a dominação.




HC: Quando a mídia começa a apresentar tanto poder?

Isso começa a acontecer com o surgimento da rádio nos anos XX, quando a correlação de forças culturais no interior da sociedade é drasticamente afetada, porque o rádio já surge como instrumento de dominação, controlado pelos fascistas. Com o surgimento da televisão isso é elevado à enésima potência. É muito difícil você querer contrapor um jornal de bairro a uma mídia que fala com a população inteira ao mesmo tempo, com recursos, técnicas, com muito dinheiro investido e discurso sedutor. É difícil lutar contra isso, mas é possível.


HC: Então, não houve diminuição do poder de dominação com o fim da ditadura militar?

Hoje há a continuação do momento do regime militar. Na época, havia censura, a truculência e a Globo. A emissora nasce e se torna o que é durante esse período. Surge com o capital norte-americano e se desenvolve como porta-voz do Sistema. A ditadura terminou, mas ela continua ali. Não precisamos mais dos instrumentos de coerção que havia no passado até porque a população já está anestesiada. A Globo cumpre essa função.

H.C: Qual é a sua participação como autor?

Eu falo da existência de vozes dissonantes dentro da grande mídia. Cito, por exemplo, o jornalista José Oiticica, Raul Pederneira, J. Carlos, profissionais que colaboravam para uma visão de mundo nacional-popular na primeira metade do século. Contavam a história da nação a partir de uma perspectiva subalterna.

H.C: Contribuem para o livro expoentes da comunicação no Brasil e no exterior, como Martín-Barbero e Muniz Sodré. Qual foi o critério usado para reunir esses autores?

Quando resolvi escrever o livro, procurei me lembrar de quem trabalhava com esse tema na Escola de Comunicação, no Brasil e no exterior. Foi um pouco mais fácil juntar esse time, pois são pessoas com quem eu já havia tido contato anterior, com quem eu tenho afinidade ideológica.

H.C: Qual o ponto em comum entre os autores?

Todos esses artigos se debruçam sobre diferentes iniciativas de organização da cultura a partir de uma perspectiva popular. Essa é a grande questão presente em Gramsci. Como os diferentes grupos sociais fazem para organizar sua consciência? Os grupos dominantes dispõem dos seus aparelhos de hegemonia: a grande mídia, seus partidos, associações, igreja, a universidade. Os grupos subalternos também dispõem de alguns instrumentos de hegemonia. Como esses instrumentos são colocados a serviço da sistematização de uma consciência crítica? É isso que os autores procuram discutir.

Confira: Alice versão para o iPad

Uma dica para os adeptos à leitura digital é a versão para o iPad do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Caroll. A experiência super divertida permite ao leitor interagir com os personagens e objetos da trama. Através do mais novo gadget da Apple, você pode fazer Alice aumentar ou diminuir de tamanho, chacoalhar objetos da história e até mesmo derrubar a coroa da Rainha de Copas.


Filme sobre o Facebook chega aos cinemas brasileiros em dezembro



O Facebook virou filme! “The social network” contará a história da criação da rede social e do relacionamento de Mike Zuckerberg, fundador do Facebook e seu CEO, e Eduardo Saverin, brasileiro que foi co-fundador do site e que alega ter sido passado para trás conforme o projeto foi se tornando um negócio gigantesco.

O filme teve a direção de David Fincher ("O curioso caso de Benjamin Button" e "Clube da luta") e conta com as atuações de Jesse Eisenberg (Mark Zuckerberg), Andrew Garfield (Eduardo Saverin) e do cantor Justin Timberlake (Sean Parker, co-fundador do Napster). O músico Trent Reznor, do Nine Inch Nails, assina a trilha sonora.

A trama foi baseada no livro "The accidental billionaires: the founding of Facebook, a tale of sex, money, genius and betrayal" ("Os bilionários acidentais: a fundação do Facebook, uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição"). A obra, que deverá ser lançada no Brasil em outubro, tornou-se um bestseller nos Estados Unidos e chegou à quarta posição na lista das obras de não-ficção mais vendidas do New York Times. O livro foi considerado uma biografia não-autorizada de Zuckerberg.



Assim como o pôster, o trailer traz a imagem do ator Jesse Eisenberg sob os dizeres "You don't get to 500 million friends without making some a few enemies" ("Você não consegue 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos"). O vídeo não mostra nenhuma cena inteira, apenas reproduz diversos diálogos.

Segundo a Columbia Pictures, “The social network” deve estrear nos cinemas americanos em 1° de outubro, mas só chegará às telonas brasileiras no dia 3 de dezembro.

Ajudando repórteres

Procurar fontes jornalísticas para escrever uma matéria pode ser uma tarefa árdua. Algumas pautas exigem que o jornalista faça um esforço digno de Sherlock Holmes para encontrar um contato com um relato interessante. Para encurtar os caminhos que separam o escriba de seus personagens surgiu o Ajude um Repórter, criado pelo relações públicas Gustavo Carneiro em março deste ano.

A iniciativa consiste num perfil no twitter que divulga as demandas de repórteres para suas matérias, enviadas através do próprio twitter por reply e com a tag #Arpo ou pelo site ajudeumreporter.com.br. O pedido é enviado pra toda a rede de seguidores perfil que, por sua vez, repassam o pedido através de retweets. A rede colaborativa do Ajude um Repórter conta atualmente com 4320 seguidores e esse número cresce consideravelmente, chegando a ganhar até 100 seguidores num só dia.

Gustavo teve a ideia do Ajude um Repórter quando morou na Europa justamente na época da explosão das mídias sociais e viu nelas uma importante ferramenta de colaboração e de novas formas de empreendimento no mercado da Comunicação.

- Um assunto que me chamou a atenção foi o crowdsourcing, mais especificamente dois cases voltados à área de assessoria de imprensa e jornalismo, que são o Pitch With Me e o Help a Reporter Out, ambos americanos. Os dois serviços possuem a mesma essência do que eu montei no Twitter brasileiro: potencializar a produção de conteúdo jornalístico com fontes variadas e qualificadas com ajuda da própria comunidade - diz o criador do serviço.

Apesar de trabalhar com todo o potencial do twitter enquanto plataforma de comunicação e de montagem de redes colaborativas e de inteligência coletiva, Gustavo considera o microblog mais uma ferramenta de comunicação no meio de tantas outras e, mesmo sendo uma das mais importantes atualmente, deve ser usado em consonância com os outros meios disponíveis. Justamente por ver o twitter como uma ferramenta complementar, Carneiro não acha que seu serviço incentive as chamadas "matérias de redação", em que o repórter não vai atrás de personagens e fontes para seus textos e nem acha que pedidos corriqueiros demais devam ser ignorados.

- Os comentários negativos que já recebemos são por causa de alguns pedidos considerados muito "simples" e seus autores costumam ser criticados. Mas acredito que mesmo nesses casos nós podemos ajudar se o repórter utilizar o serviço como complemento e não como única fonte para encontrar seus personagens. O Ajude um Repórter pode proporcionar opções mais variadas do que ele teria se só procurasse no seu entorno.
Também há de se entender que, na maioria das vezes, não são os nossos seguidores que servirão de fonte, mas seus contatos dentro e fora da internet, tornando o alcance da rede muito maior do que os atuais 4250 seguidores (seguidores que o ARPO tinha à época da entrevista, há 4 dias) - finaliza o relações públicas.

Inegavelmente o Ajude um Repórter tem tudo para se tornar um importante "ponto de encontro" de jornalistas de todo o país e também de pessoas interessadas na área ou que somente tenham vontade de colaborar. A ferramenta não faz distinção de demanda entre os grandes jornais e os pequenos blogs, atendendo a todos de forma igual.


sábado, 3 de julho de 2010

E – DUCAÇÃO A DISTÂNCIA: tecnologia a serviço do conhecimento


26 estados. 5 mil municípios. 8 mil km². Em um país de proporções continentais educar mais de 180 milhões de brasileiros é um desafio aparentemente difícil de vencer. Porém, a criatividade humana aliada ao avanço das tecnologias tem tornado esse desafio uma tarefa possível de ser realizada.

Eliminando os limites impostos pelo tempo e pelo espaço a Educação a Distância, EAD, é a nova forma de aprendizado da nossa sociedade. Ela vem despontando como uma opção de estudo flexível e, se usada com consciência e responsabilidade, eficaz que torna acessível a milhões de brasileiros a oportunidade de uma formação universitária.

No Brasil, a educação a distância nasceu no final do século XIX com os cursos de datilografia por correspondência. Com o avanço dos tempos e das tecnologias de comunicação, em especial da Internet, os cursos a distância foram ganhando visibilidade e, é claro, cada vez mais alunos.

Segundo dados do IBGE, a educação a distância é a modalidade que mais cresce no Ensino Superior brasileiro. Embora os cursos a distância atendam apenas o equivalente a um sexto do alunos presenciais, eles deram um salto de 1.175% nos últimos quatro anos.

Diante dessa verdadeira explosão da EAD, as opiniões, positivas e negativas, relacionadas a ela se multiplicam. Para a professora Ilidia do Nascimento, a relação presencial entre aluno e professor é essencial: “A EAD, se utilizada de maneira consciente, pode ser uma ferramente muito útil àqueles que não teriam acesso a outras formas de ensino. Afirmar, porém, que a educação presencial pode ser substituída pela educação a distância seria um contrasenso por parte de qualquer professor pois equivaleria a considerar a presença do professor e o contato com ele desnecessários” (entrevista concedida à autora).

Outro fator que gera polêmica quando o assunto é educação a distância é a qualidade e eficácia dos cursos. Diante da proliferação dos cursos de EAD, sendo grande parte de baixa qualidade, o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, deu inicio em 2008 a um processo de fiscalização dos cursos: “Os principais problemas encontrados estavam no sistema de avaliação, na qualidade do material didático e no número de alunos por professor” – enquanto a média nacional é de 130 alunos por mestre, o MEC encontrou cursos em que a proporção superava mil por um.

Segundo o professor Francisco da Silveira a explosão dos cursos a distância não deve ser comemorada: “Não podemos aplaudir a falácia dessa proclamada expansão de matrículas por uma atividade que se diz de ensino, mas se faz – traiçoeiramente – muito à distância da educação”.

Mesmo com todos esses problemas, que surgem principalmente quando os cursos não estão compromissados com a qualidade e a formação de bons profissionais, é evidente que as vantagens do ensino a distância são inúmeras. Poder contar com uma forma de estudo eficaz e flexível na qual o aluno tem autonomia e liberdade é, sem dúvida alguma, uma opção muito sedutora. Além disso, a EAD representa uma boa oportunidade de estudo para aqueles que não teriam acesso a outros tipos de formação, e mais: é uma nova modalidade que vem revolucionando o campo da educação.

Segundo a estudante de jornalismo da UFRJ e pesquisadora sobre EAD, Lara Mateus, o ensino a distância representa a educação do futuro: “o espaço virtual e global da web pode ser utilizado para estimular outros processos de conhecimento, mais contextualizados e criativos, diferente do ensino disciplinar promovido pelas escolas; uma possibilidade que demanda novas reflexões no campo da educação” (entrevista concedida à autora).



(Matéria realizada para o especial sobre divulgação científica produzido pelo TJ UFRJ - o telejornal online da Escola de Comunicação).

Entrevista: Henrique Antoun e a cibercultura

No contexto da revolução eletrônica locada no ano de 1995 com a difusão da Internet, a Web entra em cena. Uma figura que deixa de ser idealizada para ser concretizada. Um sonho antigo que vem desde as navegações de Marco Pólo no fim do século XVIII: ter o universo aos seus olhos e o contato com as mais variadas culturas do planeta.

Especialista em cibercultura e professor da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, Henrique Antoun, analisa os impactos sociais e culturais que essa cultura gerou na sociedade. Na organização do livro Web 2.0: participação e vigilância na era da comunicação distribuída, obra de 2008, que concentra textos de diversos estudiosos em cibercultura que demonstram interesse de apresentar o panorama proposto por esta nova cultura que eleva a convergência midiática, que consequentemente provoca sintomas a sociedade.

As noção de comunidades ganham outro significado e se transpõe a barreira do território nacional para alcançar o cenário global propenso a compartilhar experiências em um espaço dedicado a colaboração, pluralidade e assistência. Em breve conversa, os resultados das novas tecnologias, as identidades, as redes sociais foram assuntos da entrevista com Henrique a seguir:

Vinícius Cunha: O que motivou o estudo a ser publicado no livro?

Henrique Antoun: A inspiração veio das transformações do uso da internet. A inserção dela na composição cultural das pessoas, em especial com a chamada web 2.0, com as facilidades participativas e colaborativas dos usuários. A interface da Internet propicia com que a participação da sociedade seja otimizada.

VC: Como a Web 2.0 transformou a participação do usuário?

HA: Houve uma intensificação na demanda participativa. Apenas exercer a passividade na comunicação é coisa do passado. Houve mudanças, em termos culturais, vindas do crescimento desta participação, o que contrasta com a década de 80, em que os consumidores de informação eram passivos. A Web 2.0 aparece em 1999, a partir dos blogs e de outras interfaces como redes sem fios e agregadores, modificando as ferramentas de acolhimento dos usuários na relação com as empresas. A enorme quantidade de aplicativos tornou a comunicação mais interativa, facilitando a vida do usuário a hora da expressão, seja ela concordante ou não.

VC: Como o público exerce a "vigilância participativa" por meio das redes sociais?

HA: Com o passar do tempo a ideia de "público" é deixada de lado em detrimento a figura do "usuário", cuja interferência nos caminhos culturais aprovando ou reprovando informações gera um universo comum que modifica e cria versões diferentes para assuntos e temas. Em torno dos programas que possibilitam essa interação, surge uma cultura opositora àquela anterior, que prezava pelo ideal da massa.Hoje se pode conversar sobre um cultura de participação, que marca a vontade individual de envolvimento.

VC: Como as redes de colaboração alteram o espaço de atuação da cidadania no ambiente da Web 2.0?

HA: O ativismo na Web é presente desde os anos 90 e se mostra como oposição as mídias tradicionais, cujo conteúdo está centrado em mensagens homogêneas, enquanto que as redes sociais por sua colaboração mostra uma cultura plural entre grupos fragmentados, que em conjunto engendra uma unidade na Rede.

O twitter do cinema

O Moovee.me é uma rede social para cinéfilos, um tanto preguiçosos. Ou, como prefirir, cinéfilos sintéticos e sem tempo. Nessa rede social, que pode ser "acomplada" ao twitter, os usuários criam um perfil simples e postam suas resenhas de até 140 caracteres, além de conferir até cinco estrelinhas para cada produção. A ideia é uma "prima vermelha" do twitter (entre no link!), onde você segue os críticos que mais gosta. A interface é bonitona e bem fácil de usar, especialmente para os tuiteiros mais recorrentes, mas não há TT ou hashtags.


Todo cinéfilo que se preze já faz suas pílulas críticas no twitter, mas a graça aqui é reunir todos eles num só ambiente virtual, cercados por rankings dos filmes mais bem cotados. Outras redes sociais cinéfilas, como o Flixter (mais pop) e o The Auteurs (mais cinema-arte, onde se pode até ver alguns clássicos gratuitamente), já tinham o princípio de reunir a trupe interessada em cinema, mas nunca de forma tão rápida e despretenciosa. Era necessário preencher longos questionários sobre gostos pessoais e filmes preferidos, além de submeter resenhas sérias e longas

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Microsoft anuncia video game sem controle

Enquanto as outras empresas se preocupam em modernizar seus joysticks, a Microsoft resolveu baní-lo. A criadora do XBOX anunciou na última E3, convenção sobre games que acontece todo ano em Los Angeles, que seu mais novo invento será lançado comercialmente no final desse ano. O "Kinect" é um acessório para o console XBOX 360 que "percebe" o jogador atravéz de uma câmera, um microfone e um sensor de profundidade e o utiliza para controlar os jogos. Junto com a data de lançamento foi divulgada uma lista de jogos que serão compatíveis com esse aparelho.

Conhecido desde 2009 na internet com o nome de "Projeto Natal", o Kinect foi projetado pelo brasileiro Alex Kipman, que escolheu o nome inicial como homeagem à sua terra natal. Além da nova maneira de jogar, o aparelho prometeser uma nova plataforma de comunicação, possibilitando videoconferências e até compras através da internet, como mostra o vídeo abaixo.



Em outro vídeo de divulgação é mostrada como um jogador pode interagir com o próprio jogo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Captadores de movimento são a nova sensação em videogames


Jogos que podem ser controlados através do movimento são a nova febre dos games da sétima geração. Tudo começou com a Nintendo que lançou seu console Wii em 2006. Os jogos relativamente fáceis agradaram aos "jogadores casuais", como são chamadas pessoas que não dedicam muito tempo diário a um jogo. A plataforma possui um sensor que emite uma luz infravermelha para ser captada pelo Wii-remote (o "controle remoto" branco ao lado). Ele por sua vez envia por bluetooth a sua posição em relação à tela calculada a partir do sinal enviado pelo sensor.

Agora é a vez da Sony, fabricante do PlayStation 3, anunciar o seu controle sem fio. Com o nome de PlayStation Move, o novo joystick foi anunciado oficialmente na Game Developers Conference 2010, feira sobre as novidades do mundo dos games que acontece todo ano em San Francisco. Ele funciona de maneira diferente do Wii remote. A esfera na ponta do controle é visualizada por uma câmera, chamada de PlayStation Eye Camera, que calcula a posição e envia para o console. Ele também comunica os comandos do jogador para o video game via bluetooth.

O Move também pode ser acompanhado do Navigation Controller, para jogos que precisem de botões para direcionar o personagem. Ao contrário do que acontece no Wii, não há nenhum fio conectando o Move ao Navigation Controller. A navegação deste com o console se dá através de bluetooth.


Ao contrário do Nintendo Wii, o PlayStation 3 tem um público mais conhecido como heavy player, com mais de 6 horas diárias dedicadas aos jogos. Por isso, os controles serão usados em situações mais adultas, como jogos de luta, de tiro, entre outros. Vale lembrar também que tanto o Move, o Navigation Controller e a câmera necessária para o funcionamento dos outros dois sao vendidos separadamente do console.







Filmar em pé...

O desnvolvimento e aprimoramento das novas tecnologias têm proposcionado experimentações incríveis. Uma delas é o vídeo vertical.

A idéia de verticalizar o vídeo surgiu graças às inovações tecnológicas, como smartphones e celulares capazes de registrar imagens de qualidade e na vertical.

O cinema aderiu essa proposta e já percebe a nova estética que vem sendo produzida. Hoje em dia, até filmes pornôs já trabalham com a técnica da verticalização das imagens. Esse formato possibilita também uma melhor visualização em telas de celular.

Veja abaixo um exemplo de vídeo na vertical:

Teatro Municipal from leonardo aversa on Vimeo.


Hoje o problema da qualidade desse tipo de imagem já está solucionado. Há câmeras que aceitam a configuração para se filmar na vertical, como a EOS 5D Mark II, da Canon. Muitas lojas em Nova York possuem em suas vitrines, TV's posicionadas na vertical que fazem transmissão dos desfiles da coleção.

Surge com isso uma nova comunidade: Tallscreen (em contraponto ao widescreen) uma "nova onda do videografismo".

Fonte: O Globo online

Você acha que o Google vai dominar o mundo?

Gurus poderiam prever a dominação do mundo pelo Google. Verdade ou não o fato é que a empresa cresce cada vez mais, expandindo sua área de atuação. Uma simples busca com a palavra "Google" resulta em mais de 2 bilhões de resultados. Acha pouco?

Hoje o Google engloba desde o Orkut (muito forte no Brasil), Gmail, Chrome, Blogspot, You Tube até ferramentas como tradutor, Earth e Maps. Para muitos, a vida hoje já está diretamente atrelada a uma pequena empresa que funciona com poucos funcionários. Eu sou um desses usuários que não imagina vida na era a.G. (antes do Google). Dede minha agenda de tarefas, passando por meus contatos pessoais/profisionais até chegar nos meus arquivos (Google Docs).

Poderia ficar horas enumerando todas as funções que o Google disponibiliza e com certeza deixaria de contemplar milhares delas. A inserção do Google no ambiente virtual já não tem volta. Caminhamos (e provavelmente já estamos mais envolvidos do que pensamos) para um convergência total das ferramentas Google.

Veja alguma notícias publicadas hoje:

Nova versão do Gmail terá HTML
Google enfrenta pressões enquanto China decide sobre licença
Serviço publicitário do Google carece de transparência, diz órgão francês
Google estaria planejando rede rival ao Facebook
Google cria jogo de ´corrida pela internet´ no YouTube
Google perde ação antitruste na França por discriminar cliente
Livrarias veem Google Editions como aliado no mercado de ebooks

E muitas outras centenas de notícias que poderia listar.

Quando pensei nesse post, tinha como idéia, uma dessas notícias, mas ao pesquisar mais, percebi o quanto podemos refletir com essas informações. Fica aqui a dica. Eu me pergunto todo tempo qual será o limite.

Com insucesso em seu lançamento, Microsoft cancela venda de KIN

Dois meses após o lançamento do celular KIN a Microsoft cancela suas vendas e a inserção do produto na Europa. Representantes da companhia afirmaram que a empresa vai focar no Windows Phone 7, deixando de lado um de seus mais recentes produtos.

Criado com foco no público que utiliza redes sociais, o KIN não atendeu às espectativas de venda e mesmo com pouco tempo no mercado já teve seu preço reduzido pela metade.