Entretenimento e informação em toda hora, todo lugar e em todos os formatos. São esses os desejos do público que utiliza, cada vez mais, plataformas digitais para se manter atualizado, segundo a opinião dos especialistas que participaram do debate “Rio Digital: uma aposta no futuro”. Ocorrido no Salão Dourado do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, no último dia 12, o evento ressaltou a importância da convergência e da interatividade nos meios de comunicação, uma consequência da evolução do comportamento dos consumidores, que hoje em dia preferem assistir a seus programas favoritos na internet, podendo mandar seus e-mails através do próprio telefone celular.
Para Salustiano Fagundes, diretor da HXD Interactive Television, empresa brasileira que desenvolve mídias interativas para TV Digital, a geração atual é “multiconvergente”, pois possui diversas possibilidades de interação com os diferentes suportes. “Entender o que este mercado quer é descobrir uma nova linguagem de intercessão entre essas múltiplas áreas”, afirmou, durante o evento. Na opinião de Roni Wajnberg, gerente de Soluções de Mobilidade da Oi, apenas com o tempo será possível compreender a revolução digital que o mundo está vivenciando. “Mas o entendimento desse ambiente convergente passa pela integração de setores adjacentes, gerando novos serviços e novos conteúdos”, frisou, em referência a tal interatividade, que permite que a produção não seja feita apenas para os próprios clientes, mas também por eles.
Para se ter uma ideia, segundo dados apresentados por Nelson Hoineff, produtor e diretor de televisão, em junho de 2009, só no Brasil, o número de internautas cresceu mais de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a quantidade de mensagens de texto, enviadas por celular diariamente no mundo, superou recentemente o total de habitantes do planeta (mais de 6,6 bilhões), enquanto 74% das pessoas com TV em seus próprios aparelhos telefônicos passaram a assistir, sem interrupção, a pelo menos 30 minutos de programação televisiva. “O horário nobre tradicional da televisão se flexibilizou”, constatou Hoineff, explicando que agora as pessoas não precisam mais estar em casa para ver os programas. “Elas podem estar indo ou voltando do trabalho, enquanto acompanham tudo pelo celular”, explicou.
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