Para chegar até a navegação dos usuários, os órgãos investigativos em geral abordam primeiro os servidores de Internet, responsáveis pelas conexões entre os usuários e à rede. Para se ter uma ideia, embora os processos contra usuários ainda sejam relativamente pouco numerosos, muito mais comuns são as cartas que internautas recebem em seus lares notificando infrações – isto é, em geral downloads – e ordens para que os arquivos sejam apagados dos computadores.
Há várias formas de tentar driblar a censura. Uma das mais comuns é a utilização do programa Peerblock. Gratuito, o programa faz uso de uma série de IPs para controlar quem pode e quem não pode ver o que você está acessando. Isso significa que o utilitário possui uma lista, atualizada constantemente, de endereços considerados como suspeitos de pertecerem às indústrias fono e cinematográfica, a órgãos judiciais, etc, e, quando identifica um deles na sua navegação, o bloqueia, impedindo quem está do outro lado de ver o que acontece online.
Embora bem-intencionado, o Peerblock é bastante questionado quanto à sua eficiência por muitos internautas, uma vez que adquirir um novo endereço de IP é algo bem simples e barato, e seria portanto impossível saber qual deles esconderia entidades com fins indesejáveis. Para tentar lidar com o problema, o programa atualmente já bloqueia mais de um bilhão de endereços, entre eles os de órgãos das Nações Unidas e de entidades filantrópicas, o que evidentemente limita a navegação de quem o utiliza.
Uma alternativa mais segura, porém não-gratuita, é assinar um servidor de VPN (virtual private network, rede virtual privada). Com uma proposta similar à dos servidores Proxy, porém funcionando em todo o espectro da rede, esse tipo de serviço filtra toda a navegação que você realiza com a web, escondendo tudo o que é acessado até mesmo do seu provedor de acesso. Em geral, os servidores de VPN ficam hospedados em diferentes países, o que dificulta o acesso de órgãos investigativos locais. Como dito, não é gratuito e também há quem diga que atrapalha na velocidade da navegação. Ainda assim, as opiniões gerais são de que esses serviços tem melhorado e tem um custo-benefício baixo, podendo ser encontrados por preços entre cinco e 15 dólares por mês. Alguns exemplos de VPNs famosos são o Ipredator, criado pelos fundadores do Pirate Bay e hospedado na Suécia, e o www.vpngates.com, com servidores nos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra.
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