Com base na deusa grega Atená, Angélica Barros contrastou o espaço feminino e o masculino na sociedade ateniense em sua palestra nesse segundo dia da XXXI Jornada de Iniciação Científica da UFRJ. Analisando imagens desenhadas em vasos de cerâmica, a aluna de história mostrou que a deusa resume em si as figuras de soldado e mãe, principais papéis desempenhados pelos homens e mulheres, respectivamente, desta Polis (cidade).
Angélica Barros destacou o espaço privado, doméstico (oîkos), como principal área de atuação da mulher ateniense. Apesar de terem aulas de leitura, cálculo e música com suas mães, eram criadas exclusivamente para casar e ter filhos. Atená se aproximaria dessa figura feminina ao receber um filho concebido pela terra (Gaya), revelando seu instinto materno.
A figura masculina representa o outro extremo, a criação para o espaço público. A educação do homem de Atenas se baseava em três pilares: corpo, alma e intelecto, promovendo um equilíbrio para seu ser. A ginástica, a música e a gramática eram, respectivamente, as atividades que cumpriam esse balanceamento. Angélica Barros frisou que os homens deviam estar sempre preparados para a guerra, a defesa de Atenas era sua principal ocupação.
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