O DRM (Digital Rights Management) é um tema controverso. Se, por um lado, muitas empresas não comentam o assunto, por outro, cresce a cada dia o número de artigos na Internet que criticam o DRM. Apesar disso, o consumidor final sabe muito pouco sobre este tema que já rege há algum tempo – e cada vez mais – as formas atuais de entretenimento.
A gestão de direitos digitais (DRM, na sigla, em inglês) foi criada quando começaram a surgir as formas digitais de entretenimento. Devido à facilidade de disseminação de conteúdos pelas vias digitais, as empresas ficavam sem saber exatamente como gerir os direitos autorais. Em meio a isso, surge o DRM. Há, na verdade, várias maneiras de gerir os direitos na era digital e todas elas fazem parte do DRM.
E é exatamente devido às inúmeras formas de gestão que o DRM é capaz de variar de acordo com a maneira de entretenimento em questão. E mesmo dentro de cada uma há inúmeras possibilidades diferentes de DRM. Na música, a mais tradicional é a usada pelo iTunes, da Apple, que permite um número limite de cópias para cada música, impedindo que este limite seja ultrapassado.
Esse método foi o mesmo usado pela Electronic Arts no jogo Spore, que permitiu que apenas cinco computadores fossem registrados para rodar o jogo. Para que Spore fosse instalado em um sexto computador, era necessário desinstala-lo em algum dos anteriores. Essa estratégia não foi muito bem vista, o que tornou o gerenciador de criaturas da EA o jogo para PC mais pirateado do ano, segundo estimativa do site TorrentFreak.
Uma outra estratégia de DRM, esta usada no aluguel e compra de filmes pela Internet, é estabelecer um prazo para que o arquivo seja utilizado. Após esse prazo, o arquivo é simplesmente apagado. Esse é o método utilizado, por exemplo, pelo Xbox Live Market Place. Nos filmes em DVD, uma forma comum de DRM é através da codificação por regiões, ou seja, um filme de Região 4 (América Latina) não funciona num DVD player de Região 1 (Estados Unidos).
No Wii, o DRM age através do Wii Shop Channel. Tanto o canal de jogos originais (WiiWare), como o Virtual Console, que vende jogos antigos, permitem que o game seja executado apenas em um Wii , sem poder ser trocado. A Nintendo recomenda, inclusive, que o console seja formatado antes de ser vendido.
E é, assim, de maneira “sorrateira”, mas sempre presente, que o DRM vai influindo na diversão.
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