Aplicações equivocadas da medicina social na República Velha são o primeiro fato criticado pelo grupo. A recorrência do suicídio nos noticiários era algo que preocupava as autoridades médicas, cujos conceitos se contrapunham aos da sociologia. Enquanto a medicina buscava no corpo e na mente explicações para a causa do suicídio, Durkheim defende a ideia de que isso é fruto da coesão social.
Mas certamente a mídia sensacionalista não deixaria de vender manchetes, especialmente quando se tratavam de casos que envolviam relacionamentos amorosos. Os autores apontam que a maior parte deles era, na verdade, ligado a fatores de ordem econômica. Escolhem como estudo de caso o periódico “A Vida”, com influência do cientificismo de Piotr Kropotkin e do evolucionismo de Elisée Réclus – que é, em suma, a utilização das ciências naturais e humanas por um viés social dos anarquistas. Artigo publicado em dezembro de 1914 aponta o alto índice de dez suicidas como fruto da miséria, das dificuldades da vida. Vai além, crê nisso como uma epidemia causada pela organização social e aponta o Anarquismo como a única solução para tal mal.
Veja abaixo a capa do periódico e a notícia na íntegra. Clique nas imagens para vê-las ampliadas.


Fundado em 1987, o Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro é sediado na UFRJ, no campus do IFCS. Seu foco é a recuperação, registro e preservação do patrimônio material e imaterial referente à história do trabalho, dos trabalhadores e suas organizações. Ali são encontradas documentação arquivísticas bibliográfica (livros e periódicos) e iconográficas (em originais, reproduções e microfilmes) e material sonoro e audio-visual
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