domingo, 15 de novembro de 2009

O Kindle e as transformações editoriais

Os hábitos de leitura tradicionais estão passando por uma revolução que vai alterar significativamente o mercado editorial. Essa é a opinião de Paulo Pires, professor de Produção Editorial da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ, que enxerga, diante do avanço dos leitores digitais, uma nova forma de comercialização de livros, revistas e jornais. O maior exemplo disso é o Kindle, suporte lançado pela Amazon, em 2007, nos EUA, e que agora chega ao Brasil e a outros cem países, prometendo tomar o espaço até então ocupado pelos textos em papel.

“Imagine que um dia você acorde e todos os livros da sua casa estejam armazenados em um único objeto portátil”, ilustra o professor da ECO, que também trabalha como editor da Ediouro. Por cerca de US$ 10 cada, é possível fazer o download de livros disponibilizados pela página da Amazon e carregar diversas obras com o peso de apenas um dispositivo. “Para fazer viagens, por exemplo, o Kindle é muito adequado, pois não é preciso mais carregar muitos livros na mala. Evita-se até a cobrança de taxas extras por excesso de bagagem”, brinca.

Então está decretada a morte dos livros impressos? Na opinião dele, não. Sempre haverá espaço no mercado para os livros tradicionais, que ainda terão consumidores ávidos por modelos gráficos tradicionais. Mas não há como negar que a vendagem deles sofrerá um baque nos próximos anos, com o avanço de leitores digitais como o Kindle. “Para sobreviver à digitalização dos produtos, as livrarias e editoras precisarão se ajustar a esse novo padrão tecnológico”, acredita Paulo, que esteve na Feira do Livro de Frankfurt – maior evento do mercado editorial no mundo, realizado em outubro deste ano na Alemanha – e não acredita em algumas visões proféticas escutadas por lá, que já marcaram inclusive data para o fim dos livros de papel.

Leia a matéria na íntegra aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário