quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rafael Coimbra, fala sobre cobertura multimídia em Honduras

O repórter Rafael Coimbra, enviado especial da Globonews, contou em palestra como foi cobrir o início da crise em Honduras durante 28 dias, tendo apenas um cinegrafista como equipe.
As reportagens foram usadas pelo G1, O Globo e Globonews, canal que entrava de hora em hora, ao vivo. As ferramentas para atuar em três suportes diferentes vieram muito mais de sua experimentação e criatividade do que da infraestrutura presente: Skype, celulares locais, notebook, webcam e uma câmera portátil foram os fundamentais. Segundo o repórter, todos os paradigmas do 'padrão Globo de qualidade'foram quebrados quando entrou, ao vivo, diante de uma câmera de boa resolução, via Skype, tendo como bancada uma tábua de passar roupas - desaparece a necessidade de programas obsoletos para envio de imagens ou das antigas geradoras.
A amizade com repórteres concorrentes também foi fundamental para poder dar conta de todas as pautas que surgiam ao longo do dia. Além disso, contratou como motorista um taxista que trabalhava 24h como uma espécie de produtor: procurava saber por rádio-escuta onde estavam as manifestações e os últimos acontecimentos.
Foram muitos outros os relatos de Rafael que me leva a refletir a função multimídia que o repórter vem assumindo - ou já assumiu. E mais, como inventar novas funções para novas tecnologias, desconstruindo um padrão que esteve anos consolidado: o de se supervalorizar a imagem, em detrimento da velocidade.

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