
“If it bleeds, leads”: sentenciou o correspondente da Reuters em Jerusalém, Dan Williams, no seminário Jornalismo em Áreas de Conflito, desenvolvido na Escola de Comunicação da UFRJ, no dia 23 de setembro.
Religião, democracia, petróleo e raça são alguns dos pontos fortes na discussão “Oriente Médio”. Williams mostrou que há uma discrepância entre o destaque dado ao conflito entre Israel e Palestina, em detrimento das notícias de outros países da região, muito mais extensos.
O jornalista atribui isso ao fenômeno “jews news”, um interesse excessivo por notícias judaicas, em que jornais de todo o mundo cobrem a região, gerando um número desproporcional de relatos, às vezes pouco importantes.
Destacou a segurança de estar em Jerusalém, “não ficamos em Gaza ou em Ramallah”, explicou. Em sua rotina, ele é constantemente informado por um sistema de SMS, sustentado por pessoas que escutam rádios licenciadas e clandestinas em busca de acontecimentos. “Cobrir uma guerra como a que eu cubro é uma posição privilegiada, é uma guerra cinco estrelas”, brinca o repórter.
A Reuters é uma das maiores agências de notícias do mundo. Segundo Williams, a clientela das agências se divide em veículos de comunicação e investidores. Estes demandam informações sobre fatores de riscos no viés econômico, enquanto os primeiros as direcionam de acordo com suas linhas políticas.
O Jornalista finalizou o seminário com algumas dicas para os futuros colegas de profissão: “Sejam concisos, com elegância e com estilo, mas sem deixarem as suas opiniões”.
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