quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fazer jornalismo: eis a questão




"Trabalhar em um site de celebridades seria como trabalhar em qualquer redação. Se não tivesse que pensar em um texto leve que não seja brega ou clichê; lidar com assessores 'vendendo' todo tipo de cliente; lidar com famosos que querem aparecer; famosos que não querem aparecer; paparazzi; telefones que não param; fazer coberturas de eventos que vão de festa infantis a shows, passando por casamentos e coletivas; conhecer todos os sites internacionias sobre o tema; entender que a maioria das pessoas acha o seu trabalho fácil mesmo que não seja; editar fotos (muitas fotos); saber quem é atriz, quem é modelo, quem é dançarina... Entender que não dá para ficar entediado e que é possível se divertir. Tudo isso sabendo que um minuto faz toda diferença, que é preciso apurar sempre e que não dá para perder a chamada para a concorrência".
O texto acima eu escrevi alguns dias antes do debate que tomou conta da Meio a Meios nesta quarta-feira, 16. Atendi o pedido de uma pessoa que queria uma descrição sobre como é fazer jornalismo de celebridades. No começo, eu não consegui colocar nada no papel porque achava sempre que não estava descrevendo meu trabalho e sim o jornalismo em geral. As diferenças estão nos detalhes, assim como em qualquer editoria. Ou noticiamos futebol como escrevemos política?

Se a grande questão levantada para os palestrantes Claudia Croitor, do site EGO, Lele, do "Te dou um dado?", Cláudio Uchoa, da revista "Caras" e José Esmeraldo, da revista "Contigo!", era se este tipo de jornalismo pode ser considerado jornalismo, a melhor conclusão que podemos levar da palestra é que o jornalismo está no “fazer”.

Em clima de descontração, os palestrantes fizeram questão de deixar claro que este tipo de notícia talvez não vá mudar o mundo, mas nem por isso é justificável um trabalho mal feito. Apuração, texto e tudo que contribui para umaboa reportagem são fatores imprescindíveis para se fazer bom jornalismo. É preciso comprometimento e olha crítico até mesmo quando se lida com o considerado superficial. E o se o trabalho vier aliado a algo que nos satisfaça é ainda melhor, seja política, geral, esportes or celebridades.




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