segunda-feira, 5 de julho de 2010

A morte da internet

A internet estarias prestes a fracassar? é isso que acredita Douglas Rushkoff,escritor e professor de estudos de mídia da Universidade New School nos EUA, que gentilmente cedeu essa entrevista via e-mail para acabar com as nossas dúvidas sobre a WEB.

Para ele a relação entre as pessoas e a rede é hoje sinônimo de uma única palavra: mudança. "No início quando a tecnologia era mais rudimentar e ainda havia uma certa aura de conhecimento envolvendo a então nova invenção, estar online significava o início de uma fascinante jornada de investigação. Agora, as pessoas encontram tudo o que querem em poucos segundos", contou.

A consequência disso seria que os internautas passaram a se contentar com rápidas e simples respostas, que ficam no meio do caminho entre a questão e a investigação. "Não que a internet fosse mudar as pessoas, mas ela poderia ser uma ferramenta para as pessoas mudarem o mundo.", disse o escritor.

Para Rushkoff, é importante considerar o estímulo positivo que ela teve ao fomentar grandes discussões, sem é claro, ignorar que hoje ela se distancia de um caminho alternativo que poderia ajudar a formar um mundo melhor. Através da internet continuamos a fazer as mesmas velhas compras e negócios, sem que isso nos dê o mínimo para promover transformações realmente fundamentais.

Mas não é hora de perder as esperanças. O professor acredita que para que a internet possa desenvolver novos valores e relações humanas é preciso que as pessoas utilizem interfaces mais complexas e diferentes dos facebooks e twitters de hoje.

"As pessoas teriam que entender algo essencial: que os diferentes ambientes virtuais que elas hoje habitam são programados por pessoas e grandes empresas na tentativa de nos encorajar a pensar da maneiras como elas querem.", explicou.

Na teoria, a proposta é boa. A prática é mais complexa. A verdade é que ainda estamos muito longe de formar um exército de programadores.Rushkoff concorda.Vamos torcer por melhoras.

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