segunda-feira, 5 de julho de 2010

Para além do espaço real: a cibercultura

Um mundo que não se configura mais pela comunicação "um-um",mas sim pela de muitos para muitos. Resumidamente este é o panorama desenhado pela cibercultura, que em rede mundial possibilita que grupos se reúnam usando aplicativos como murais de mensagem, listas de discussão ou salas de bate-papo. Pensar no ciberespaço, é conceber um lugar que mesmo fragmentado em seus nichos consegue ser centralizado em seus variados pólos de conhecimento ou de inteligência coletiva, como o teórico francês Pierre Lévy conceitua nesse dilúvio dados.

O ciberespaço é o local para a nova comunicação, que sufocada pelas mídias tradicionais e de massa necessita de um escape para veicular novas ideias e explorar as potencialidades desse conceito que cresce gradativamente. É fato, que seu surgimento causa um estranhamento e até mesmo uma repulsa, visto que é uma nova proposta no estabelecimento da comunicação. Porém, uma ressalva deve ser feita, pois toda quebra de paradigma, do surgimento do cinema ou do jornal, causaram similar impacto na sociedade. E o que vemos hoje? Essas mídias devidamente incorporadas no cotidiano em suas adequadas proporções.

O progresso das tecnologias digitais e o crescimento exponencial das redes colocam a sociedade em um caminho irreversível: práticas, atitudes, pensamento e modos de ver o mundo estão cada vez mais por este novo espaço de comunicação que gera essa interligação e promove o processo "de muitos para muitos". Mais do que isso, a cibercultura solicita a presença do usuário e não meramente a do indivíduo. Uma atitude colaborativa é o motor desse nascente local, em que a participação é mote do progresso.

Observar essa participação é algo relevantes, pois blogs, wikis, redes sociais são a provas vivas de que cada um de nós é um ator social desse meio virtual, que causa cada vez mais impactos no mundo real. Consequentemente as mídias tradicionais, em geral vinculadas a realidade, convergem de modo a processar uma comunicação realmente democrática, tanto no acesso quanto na regulação.

Com isso, pensar em cibercultura é provocar um pensamento de ruptura que causa uma descentralização profícua aos meios de comunicação e que marca cronologicamente uma nova era no que diz respeito ao encarar com outro pensamento tudo que surge nas cadeias da informação e que segundo o professor da Escola de Comunicação, Marcio Amaral é uma experiência de habitação do humano para além do real em dimensão da troca voraz de troca de informações e capacidade invenção grande, sendo a Internet uma rede iluminista neste mundo pós-moderno.


(entrevista realizada em exploração dos conceitos de cibercultura.
Sugestão: volume máximo)

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